Minha história
Exemplo de superação
A diferença física não impede Maria de exercer plenamente suas atividades e levar a vida com alegria
Natural de Santa Rosa, residente na Vila Santos, Maria Claudete de Souza Boiczuk, começou a estudar com 7 anos de idade na Escola Expedicionário Weber. Foi uma aluna exemplar, muito dedicada e que adorava brincar com seus coleguinhas. Morava em frente ao colégio, com seus pais e seu irmão caçula, onde estudou até a 5ª série e depois passou para a Escola Cenescista Dr. João Danhe, que ficava mais no centro da cidade, onde cursou o segundo grau e se formou Técnica em Contabilidade. Sempre teve um bom relacionamento com seus professores e colegas.
Família
Durante o segundo grau, passou a lutar contra a doença de sua mãe. Estudava, trabalhava e ajudava a cuidar dela. “São histórias que nunca vou esquecer. Estudava no João Danhe e minha mãe ficava internada no hospital Dom Bosco, bem próximo ao colégio. Eu saía da escola, passava no hospital para ver ela e em seguida ia trabalhar”.
Foram seis meses nessa luta. Como na época a cidade não dispunha de recursos suficientes para o tratamento de saúde de sua mãe, a família e o médico que a acompanhava decidiram transferi-la a Porto Alegre para tentar salvá-la, mas como sua doença estava muito avançada, ela entrou em coma profundo e, após 3 meses, faleceu.
Em seguida seu pai se aposentou da empresa onde trabalhava, por motivo de problemas cardíacos e, logo após, acabou falecendo também. “Mais uma fase de sofrimento, porque eu e meu mano ficamos sós, meu mundo ficou praticamente perdido, mesmo com assistência e ajuda dos meus irmãos mais velhos. Porém, seguimos a nossa caminhada, não paramos e muito menos desistimos”.
Trabalho
Seus irmãos mais velhos eram cabeleireiros, na época, e certa feita o Sr. Luiz Mazzoco estava cortando seu cabelo no salão e, Maria, estava lá e acabou lavando o cabelo dele. “Ele me perguntou se eu só estudava. Eu disse: sim, mas ajudo meu mano no salão, sou uma pequena secretária, respondi a ele. Auxilio muito, sou até engraxate se for necessário. Adorava engraxar os sapatos dos clientes, não tenho vergonha de contar onde trabalhava e o que fazia”.
Seu primeiro emprego foi na empresa do Sr. Luiz Mazzoco, que na época era proprietário de uma empresa esportiva e mais a Central de Cópias na Av. Rio Branco, na qual ela começou a trabalhar com copiadoras, profissão na qual permanece atuando em outra empresa.
Além disso, foi vendedora de jóias, lingeries e calçados. Sempre batalhou muito, de um jeito ou de outro precisava trabalhar, poismorava com amigas e dependia de aluguel e outras despesas. “Sempre fui independente, me considero uma pequena guerreira”.
Hoje, na empresa em que trabalha como operadora de máquina copiadora há seis anos, Maria se sente realizada. “Fui convidada a trabalhar pelo empresário Rui Foldmann. Adoro meu trabalho e o que faço no dia a dia. Temos uma turma muito divertida, sempre recebendo ao público com um bom dia, boa tarde, um adeus com um sorriso e, se for na sexta-feira, desejando sempre um bom final de semana”.
Superação
Maria nunca teve dificuldade de conseguir trabalho, sempre foi procurada e convidada para trabalhar. Hoje, é a terceira empresa em que trabalha no ramo de copista. “A respeito da minha estatura, nunca encontrei dificuldades que me levassem a desistir. Sempre encarei com naturalidade, não sou complexada. Para quem precisa trabalhar, gosta de exercer o que faz, não há motivos para tal”. Nas três empresas em que atuou até hoje, sempre teve a disponibilidade de adaptadores. Tudo fica ao seu alcance. Maria conta que sempre foi bem aceita pelos colegas, nunca teve dificuldade de relacionamento, adora trabalhar com o público e trata as pessoas como gostaria de ser tratada. “Através do trabalho onde lutamos no dia a dia é que nos tornamos pessoas felizes, realizadas, de alto astral. Às vezes temos altos e baixos, mas logo esquecemos. Me considero uma pessoa muito feliz, guerreira, vitoriosa, por estar batalhando, exercendo um trabalho digno e honesto junto com essa família Fecopel”. Maria finaliza lembrando que quando acorda pela manhã, agradece a Deus pelo novo dia que inicia com saúde, harmonia e muita garra.
Maria Claudete, sempre prestativa e alegre em seu ambiente de trabalho
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