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16/09/2020 22h07 - Atualizado em 16/09/2020 22h08
Home office na pandemia: as experiências na FIDENE/UNIJUÍ
A pandemia de covid-19 afetou muito o trabalho em diversas áreas.
Na educação não foi diferente, exigindo adaptação das instituições e trabalhadores ao home office. Na FIDENE/UNIJUÍ esse regime de trabalho está acontecendo desde o mês de março para uma grande parcela dos professores e técnicos-administrativos das quatro mantidas: EFA, Museu, Rádio e Unijuí.
Desta forma, o Programa Sinergia e a Coordenadoria de Recursos Humanos realizaram uma pesquisa, no intuito de avaliar esta adaptação ao home office e apontar vantagens e desvantagens deste processo. O questionário foi enviado para 165 funcionários, com 112 respostas. Confira os detalhes da pesquisa neste link.
Mas muito além dos dados, a experiência e vivência de cada um é muito particular. Por isso ouvimos alguns depoimentos, que ajudam a entender, de outras formas, como tem sido o trabalho neste ano de 2020 na Instituição.
Pertencente a grupo de risco para esta nova doença, Belair Stefanello, historiadora do Museu Antropológico Diretor Pestana, avalia que o home office está sendo fundamental para que eu possa desenvolver as atividades laborais: “contudo entendo que ele é uma alternativa somente para períodos excepcionais, como é o caso da pandemia. Embora a tecnologia me permite desenvolver as atividades de forma remota, o trabalho é o que a gente faz e não um local, eu preciso muito da interatividade com os colegas e a conexão com o espaço museu para me motivar. Em função disso procuro não fazer 100% home office e sempre que a bandeira permite faço turnos presenciais para recarregar as baterias. Aqui em casa somos três trabalhando remotamente e isso mudou muito a rotina, pois tem dias que só não tem vídeo chamada na cozinha, mas como somos todos adultos tem funcionado bem”, relata.
Da mesma forma, é o caso de Rudi Johann, programador da Unijuí FM: “me adaptei perfeitamente. Em casa você faz tarefas que no trabalho demandam mais tempo, no meu caso coisas demoradas da programação que é o meu trabalho posso deixar gerando em horários como a noite e no horário do intervalo ao meio dia”, salienta.
Integrante do Núcleo de Desenvolvimento de Sistemas da Coordenadoria de Informática, Dionatan Kitzmann Tietzmann, trabalhou em Home Office, de forma integral, por cinco meses e atualmente está neste regime de forma parcial. “Minha adaptação a este regime de trabalho foi tranquila. Consigo manter a rotina e o foco no trabalho. Todas as ferramentas necessárias para desempenhar minhas atividades estão disponíveis e disponho de um ambiente adequado para trabalhar em casa. Durante o período de Home Office integral senti falta do contato com os colegas e de circular nos espaços da instituição. Por outro lado, é muito bom passar mais tempo com a família, especialmente com meu filho, que está em casa nesse período de pandemia”, avalia.
Ensino na pandemia
As aulas foram, sem dúvida, um dos grandes desafios impostos neste ano. Seja para professores, seja para os estudantes, e de todos os níveis de ensino ofertados. Para a professora de física da EFA, Rúbia Dallabrida Herrmann, no início a adaptação precisou ser rápida, com a realização de estudos dirigidos aos alunos pelo Portal. Duas semanas depois, com uma organização mais estruturada, ocorreu uma migração ao Class Room, com momentos síncronos e assíncronos de aulas. “Conseguimos um resultado, ficou muito melhor desta forma. Mesmo não sendo fácil essa adaptação, mas tendo em vista a necessidade foi muito importante. Agora, depois de um tempo, já estamos adaptados, nós professores e alunos, a este contexto de ensino. Entendo que as atividades presenciais na educação são fundamentais, em razão das relações e interação das pessoas, mas pelo Meet e outras plataformas, tento fazer com que seja dinâmico, para manter os alunos conectados da forma mais agradável possível. A utilização destes meios têm trazido benefícios para as turmas de forma geral. Muitos alunos que não participavam ou não conseguiam ter uma organização otimizada presencialmente, agora estão indo super bem nestas questões. Apesar de todos os problemas de saúde, 2020 me transformou enquanto profissional, consigo perceber evolução na minha formação, por conseguir me organizar para estudar também!”, complementa.
Para o professor do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC), Pedro Buttembender, atuando de Santa Rosa, o home office já estava presente no seu planejamento e veio confirmar uma tendência. “Este, combinado com as atividades online síncronas e assíncronas, estabelecem, nos negócios e na educação, uma dinâmica inovadora nos processos de aprendizagem, tanto em termos de amplitude como de velocidade, permitindo desenvolver novas competências, reforçando as atuais, de forma muito mais rápida e responsivas. As metodologias educacionais e de trabalho também são transformadas, onde a maior liberdade, flexibilidade e autonomia está associada a organização, fluxos, disciplina individual e coletiva. As vantagens estão nos fluxos, na pontualidade, otimização e racionalização dos tempos, em especial nas atividades coletivas”, salienta.
Ele complementa: “a Universidade, graças a abertura dos professores e estudantes, chega e se faz presente em espaços e ambientes onde antes nunca conseguia chegar e se ver reconhecida. A nova dinâmica oferecida por todo este ambiente nos indica a necessidade de não apenas reorganizar estruturas, reformular programas político-pedagógicos e adaptar processos de trabalho e produção. Um novo desenho e compreensão na educação nos põem o desafio de entendermos a nova realidade, desprendermos das proteções corporativas, de distintas naturezas, das estruturas e das nossas competências passadas. Nos reinventar significa desenvolver as novas competências que o futuro nos coloca, sem abrirmos mão de nossa identidade, de nossa história, de nosso passado”, finaliza.