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24/08/2016 19h50
Clima de união e otimismo marca último dia da 10ª Reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas
Clima de união e otimismo marca último dia da 10ª Reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas
A 10ª Reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas, evento que reuniu cerca de 600 pessoas do Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, São Paulo, Santa Catarina, Pará e também do Paraguai, encerrou nesta quarta-feira (24/08), em Passo Fundo, em clima de união e expectativa pela próxima. Durante os três dias foram realizadas palestras, oficinas, exposições, entre outras atividades oportunizadas aos participantes. Para 2017, o município de Erechim colocou-se à disposição e foi aceito por todos para sediar a 11ª edição.
Na parte da manhã, os assuntos abordados foram as potencialidades da cadeia produtiva das plantas medicinais, apresentado pelo engenheiro agrônomo e consultor do projeto de Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do RS, Walmir Gamboa Schinoff, e o tema da produção à comercialização - desafios da cadeia produtiva, abordado pela engenheira agrônoma da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Agda Regina Yatsuda Ikuta.
Agda fez os esclarecimentos sobre as diferenças, por exemplo, entre chás que são considerados alimentos e os que são medicinais, produtos tradicionais fitoterápicos, medicamentos fitoterápicos, além dos desafios da produção e comercialização de plantas bioativas. Ela falou de políticas públicas, dentre elas o Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (2016-2019) ou Rio Grande Agroecológico que prevê, entre suas ações, apoiar anualmente a realização das Reuniões Técnica Estaduais sobre Plantas Bioativas, além de fornecer Assistência Técnica, Extensão Rural e Social específicas por meio do convênio com a Emater/RS-Ascar, tanto para a transição agroecológica dos sistemas de cultivo de plantas medicinais como na inserção da produção de plantas medicinais destinadas ao manejo agroecológico da propriedade, reivindicação essa oriunda da Carta de Porto Alegre, da 8ª Reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas.
Entre os desafios, Agda destacou a necessidade de propiciar condições às agroindústrias familiares de plantas medicinais que atendam os critérios de qualificação/padronização dos produtos, como testes de identidade e qualidade da droga vegetal. Outro desafio, segundo ela, é a comercialização, com preços justos ao agricultor e à população. Além disso, a engenheira agrônoma salientou a necessidade de existir um Programa Estadual de Plantas Medicinais e Fitoterápicos como uma política pública de Estado de forma intersetorial, propiciando a participação da sociedade civil na sua elaboração e monitoramento.
Durante a manhã, ainda houve relatos de experiências da família da Ervateira Barão, do município de Barão de Cotegipe/RS e Maristela Finatto Ferro, do Aroma Natural, de São Domingos do Sul.
Carta de Passo Fundo
A Carta de Passo Fundo, documento que formaliza as reivindicações das Reuniões Técnicas, foi construída ao longo do evento e referendada pelos participantes, entre os destaques estão a solicitação aos governos, nas esferas municipal, estadual e federal, para que adotem medidas concretas para a efetiva implantação das Políticas Nacionais e Estaduais de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Além disso, a Carta reforça a necessidade de reconhecer os saberes e práticas terapêuticas a partir do eixo tradicional, como opções legítimas de tratamento dos seres vivos.
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Passo Fundo
Jornalista Vanessa Almeida de Moraes
Colaboração: Assessoria de Imprensa da Embrapa Trigo
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