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27/03/2018 19h26 - Atualizado em 27/03/2018 19h28

Deputados reagem a ameaças a Fachin e cobram investigação

Ministro do STF disse em entrevista a Roberto D'Ávila que família sofre ameaças. Fachin não especificou de quem ou de onde vêm as ameaças nem as relacionou a nenhum fato concreto.

 

Deputados federais ouvidos pelo G1 na tarde desta terça-feira (27) durante a sessão da Câmara cobraram investigação e elogiaram a atitude do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), de tornar públicas as ameaças que a família dele tem recebido, segundo revelou em entrevista ao jornalista Roberto D'Ávila, da GloboNews. Leia abaixo o que disseram (em ordem alfabética):

 

  • Carlos Zarattini (PT-SP) - “Esse mesmo pessoal que atacou o Lula e a caravana no Sul é capaz de tudo. Essa extrema direita não tem limite. Então, realmente nos preocupa todo tipo de ameaça contra os ministros do STF no sentido de intimidá-los no livre arbítrio deles.”

 

  • Chico Alencar (PSOL-RJ) - “Estamos vivendo tempos sombrios onde a linguagem da truculência para atemorizar ou mesmo calar aqueles de quem você discorda tem crescido. Então, nós falamos do lugar de quem foi alvejado letalmente pelo assassinato político da Marielle. É muito bom que o Fachin torne isso público e que a sua ação como juiz, assim como a nossa ação enquanto políticos, não seja paralisada. Que ele não se intimide, mas que busque a necessária proteção e investigação, inclusive, da origem dessas ameaças porque a nossa angústia maior agora é porque não se tem pista nenhuma dos assassinos da Marielle, o que estimula esses grupos criminosos.”

 

  • Miro Teixeira (Rede-RJ) - “Não é inédito. Juízes e promotores são ameaçados e alguns são até mortos. Então, é preciso que o estado dê ao ministro Fachin e a família todas as garantias, mas que também investigue e prenda os autores acreditando que pode se consumar, sim, um atentado contra ele, como aconteceu com a juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo. A Lava Jato não vai parar, não existe ameaça ou atentado que pare a Lava Jato. O objetivo é covarde mesmo. É o ato covarde de quem, muitas vezes, quer tumultuar a vida nacional e que não está nem diretamente relacionado com os julgamentos, mas quer criar um ambiente de tumulto e de insegurança democrática. É preciso ter cautela. Por isso, a investigação tem que seguir duramente, também por isso.”

 

  • Nilson Leitão (PSDB-MT), líder do PSDB na Câmara - "É um absurdo, claro que preocupa. Cercear o Judiciário neste momento em que o país inteiro está atento ao que está acontecendo. Quem está fazendo tem uma coragem ou, no mínimo, não tem escrúpulo nenhum. Eu acho que não vai influenciar na decisão dele em nada, no comportamento dele como juiz. Ele não vai deixar de tomar as decisões juridicamente corretas devido a ameaças. Agora, acho que ele tem que ter toda a proteção possível, não só no que tange a segurança pessoal, mas também a ampla divulgação do que está acontecendo em relação às ameaças. Ele precisava, de fato, vir a público. É a forma de protegê-lo melhor."

 

  • Rodrigo Maia DEM-RJ), presidente da Câmara - "Se os ministros do Supremo, se o Judiciário não têm liberdade para julgar hoje, e hoje os casos mais claros são contra, da Lava Jato, crimes do colarinho branco. Mas amanhã eles também podem ter dificuldade de julgar casos do crime organizado, que também tomou conta de muitos estados brasileiros e que em algum momento poderá existir julgamentos no Supremo. Então a gente não pode de forma nenhuma colocar em risco a independência das instituições, mas principalmente a liberdade de decisão do voto de cada ministro do Supremo."

Fonte: G1

 

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