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03/08/2015 22h11

Formanda em Psicologia integrou projeto no Presídio Estadual de Cruz Alta

Ela desenvolveu trabalho focal junto ao grupo “Flor do Deserto – ressignificando vidas”, composto pelas mulheres que estão reclusas de liberdade na instituição penal

 

A formanda do curso de Psicologia da SETREM Fernanda Cristina Segatto, em atividade de clínica ampliada que integra as ações de seu estágio no Serviço-Escola de Psicologia (SERCEPS), desenvolveu trabalho focal integrante do projeto "Flor do Deserto – ressignificando vidas”, realizado no Presídio Estadual de Cruz Alta. Este projeto foi criado pela equipe técnica de profissionais da casa prisional, através da psicóloga Darlen Bugs - egressa da Psicologia SETREM – e da assistente social do Presídio, Carina Bonatto.


A proposta de inserção de Fernanda no "Flor do Deserto” surgiu através do convite de Darlen para a estagiária, gerando a oportunidade do desenvolvimento de um projeto pela perspectiva de clínica ampliada aplicada na instituição penal. Lançado o desafio, que com autorização da coordenação do Serviço-Escola e a orientação das professoras Lao Tsé Bertoldo e Evandir Bueno Barasuol, prontamente foi aceito. "A clínica ampliada prevê a orientação do estagiário pela mesma professora que supervisiona o estágio clínico, permitindo ainda que se estabeleça parceria com outros professores e/ou linhas teóricas, que foi o caso deste projeto”, explica Fernanda.


O grupo "Flor do Deserto – ressignificando vidas” é composto pelas mulheres que estão reclusas de liberdade nesta instituição. O grupo é de cunho informativo e trabalha a partir da demanda das integrantes para organizar suas intervenções. Para tanto foi escrito um projeto de intervenção que foi aprovado pela equipe técnica do Presídio e posto em prática em 26 de junho de 2015. Considerando que o grupo acontecia a cada 15 dias, a proposta de clínica ampliada é apropriada para uma intervenção em curto prazo.


A intervenção


A formanda destaca que a prática da atividade de intervenção embasou-se na teoria Socionômica, mais especificamente o Psicodrama, com técnicas variadas que possibilitam o desenvolvimento das ações no grupo. "A técnica do Jogo Dramático leva o indivíduo a liberar espontaneidade e criatividade, ou seja, é eficaz para descolar corpo e mente dos condicionamentos da vida atual, permitir ao outro que caminhe entre a realidade vivida e as possibilidades de mudanças”, explica.


Fernanda complementa, ressaltando que o objetivo da proposta foi retirar as mulheres de uma condição de repetição, ou seja, com a intenção de possibilitar novos olhares para a realidade vivida, bem como, potencializar possíveis mudanças para a vida além muros. "A psicologia entende que entre seu trabalho em prol do processo de ressocialização de pessoas reclusas de liberdade está a valorização da subjetividade e a diminuição dos efeitos negativos do aprisionamento. Sendo assim, através de intervenções como está descrita, abre-se uma via de acesso a novas configurações de vida em meio aos condicionamentos abruptos do sistema prisional”, conclui.




 

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