Minha história
Uma paixão por correr
Natural de São Luiz Gonzaga, Mauro Luís Brum Fernandes tem na força das pernas e na paixão pela corrida sua garra e força de vida.
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Mauro sempre foi muito curioso pelo esporte.
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Com 48 anos de idade, ele reside há 38 em Santa Rosa. Pai de dois filhos, um com 9 e outro com 4 anos, Mauro começou a correr em 1980. Sempre muito curioso pelo esporte, Mauro iniciou suas participações em rústicas e competições por desafio pessoal. “Antigamente tínhamos um time de futebol e era muito difícil ficar-mos sabendo de outras competições em modalidades esportivas diferentes. Um dia comentamos entre os atletas do time que aconteceria uma rústica e combinamos todos de participar. Chegou o dia e só eu fui competir, os meus outros colegas desistiram e eu fui de curioso mesmo, pensando que não conseguiria nem concluir os 8 km de prova. Mas, para minha surpresa alcancei o terceiro lugar”. Mauro lembra também que seus colegas, na época, não ficaram surpresos com sua colocação, pois nos intervalos da escola ele corria dos colegas todo o período de recreio e ninguém conseguia alcançá-lo. A partir daí Mauro começou a correr mais. Foi prestar serviço militar e na época não davam tanta importância para o esporte quanto hoje, mas ainda assim continuava com suas corridas amadoras.
Sempre com muita dificuldade em conseguir patrocínio, Mauro ia correndo com as condições que dispunha. Ele lembra que ainda hoje é muito difícil conseguir patrocínio. “Às vezes você até tem um patrocinador, mas acontece uma crise na empresa e os patrocínios são os primeiros gastos a serem cortados do orçamento”. Ele também lembra que aqui em Santa Rosa não faz muita diferença você ser um bom atleta ou não, o patrocínio é muito complicado, isso não somente agora, historicamente falando.
Uma das competições inesquecíveis da sua vida foi a participação na maratona de 42km em Porto Alegre. Segundo ele, é impossível esquecer, pois foi à capital estadual, sem saber quase nada da competição. Chegou lá “meio no escuro” e competiu toda a prova, que aconteceu em 1986. Mauro comenta que não é aconselhável correr mais de três maratonas por ano, pois o tempo de recuperação é muito demorado. “Depois de competir uma maratona, na verdade, você leva quatro semanas para voltar ao normal, ou seja, você recupera fisicamente mais ou menos 1.500m corridos por dia”. Assim, para você poder competir novamente você precisa ter mais três meses de preparo, já que é muito fácil de acontecer do atleta se lesionar.
Outra participação marcante na vida de Mauro foi uma competição na cidade de Trelew na região da Patagônia na Argentina que aconteceu em 1999. Ele
resolveu participar dessa competição sem muita preparação, foi pra lá com a expectativa de ficar em 10º lugar e ficou em terceiro colocado na classificação geral.
“Não tinha patrocínio e a competição exigia uma preparação muito grande e eu estava com apenas 60% de condicionamento físico. Lembro que depois de Buenos Aires fiz mais 22 horas de ônibus para chegar no local. Fui sem dinheiro. Eu precisava ganhar a corrida para poder pagar a passagem de retorno, ou então teria que voltar de carona ou ainda, ficar lavando pratos em restaurantes para conseguir recursos para custear a volta”. Mauro lembra que o terceiro lugar rendeu um premio de mil dólares que, na época, significava aproximadamente R$3.000,00.
Além da Argentina, Mauro já competiu no Paraguai e no Brasil. No total são 400 corridas participadas, entre rústicas e maratonas. Mauro afirma que se não fosse apaixonado pelo esporte já teria parado de competir há muito tempo. Como era muito difícil de conseguir patrocínio, no ano de 2000 surgiu a proposta de criação do Maratona Clube aqui em Santa Rosa. “Foi em 17 de julho de 2000 que surgiu o Maratona Clube como entidade, para facilitar a captação de recursos, já que individualmente era muito mais difícil”. Atualmente, Mauro desempenha atividades no Clube desenvolvendo funções na área administrativa, fazendo prestação de serviços e organizando programas de treinamentos.
Ao comparar as competições de 10 anos atrás, Mauro comenta que muita coisa melhorou, mas que ainda tem muitas outras para melhorar. Ele afirma que precisamos mudar nossa cultura esportiva, que se deveria dar mais incentivo esportivo nas escolas. “O esporte deveria continuar como disciplina no Ensino Superior, pois um atleta vai estar ‘pronto’ entre os 20 e 25 anos, na época em que ele esta na faculdade. Acredito que isso impede que ele descubra que poderia ser um bom atleta”.
Ao completar 40 anos Mauro pensou que não teria mais um desempenho legal, e que não ia continuar sendo competitivo, o que não aconteceu. Hoje, treinando até duas vezes por dia, durante 4 horas, aliado a um bom descanso e uma excelente alimentação, Mauro corre até 130Km por semana. Lutando para realizar seu sonho de competir na maratona de Nova York, ele corre incansavelmente atrás de patrocínio, que também lhe abriria portas para participar dos jogos mundiais e outras competições maiores. Mauro finaliza afirmando que, “para ser atleta profissional, 50% você precisa querer, 25% deve ter talento, 20% precisa de patrocínio e 5% depende de outros fatores”.
Mauro participou de muitas competições que renderam vários prêmios.
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Correr é uma paixão para Mauro.
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