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22/05/2013 21h54 - Atualizado em 22/05/2013 21h57

Namoro no trabalho pode dar certo

CAROL PATROCÍNIO CAROL PATROCÍNIO
Jornalista, passou por revistas impressas e pelos maiores portais do país. O interesse por escrever sobre sexo, comportamento e relações surgiu ao notar que essas informações poderiam melhorar a autoestima das mulheres e a percepção de si mesmas. Acredita que, muito mais do que prazer, sexo é autoconhecimento. Carol escreve no Preliminares desde dezembro de 2011.

A gente não escolhe por quem se apaixona. De repente, sem nem entender os motivos, aquela pessoa que tinha um bom papo, era divertida e interessante, passa a mexer com a gente de um jeito diferente. Quando nos damos conta, estamos pensando nela o tempo inteiro e arrumando desculpas - para nós mesmos - para estar por perto.

Isso pode acontecer com aquele amigo dos seus amigos, com uma pessoa que você encontra todos os dias no ponto de ônibus e conversa rapidamente ou com alguém com quem trabalha. São pessoas que invariavelmente estão ali, presentes, e por que não deixar rolar?

Quando a coisa acontece no trabalho há diversos agravantes, claro. É ali que você ganha seu rico dinheirinho. E você não pode abrir mão dele. A história de amor pode se mostrar um engano e você vai ter de continuar dando as caras por lá todos os dias, em horário comercial.

Diferente de não escolher por quem a gente se apaixona, a gente escolhe deixar as coisas passarem de platônicas a reais. É claro que não é uma escolha simples e muitas vezes nem a fazemos conscientemente. Mas esse momento existe. E você tem algumas coisas a pensar.

Vamos imaginar que o sentimento é recíproco. Como agir se...

Ele é o chefe
Se você também quer, não é assédio sexual, claro. Mas as pessoas vão falar. E vão dizer que você está interessada em crescer na empresa. Que tudo que você conquistou até agora foi porque vocês tinham uma relação por debaixo dos panos.

Pois é, as pessoas podem ser bem estúpidas quando querem. E você, ao escolher ficar com a pessoa amada, vai ter que encarar tudo isso. Não importa se você é homem ou mulher, se o relacionamento é hétero ou gay, se um dos dois é trans* ou não. Os comentários são sempre os mesmos.

Nessa situação você vai precisar tomar cuidado com o que vai fazer com as informações que escuta. Sim, você terá informações privilegiadas e não vai poder abrir a boca de jeito nenhum. Nesse caso, além de perder o namorado, por não conseguir guardar segredo, pode perder o emprego, por não respeitar hierarquia.

Ele trabalha diretamente com você
Não importa a profissão, sempre precisamos de outras pessoas para trabalhar com a gente. O contato com essas pessoas é bem mais leve do que com um chefe ou um subordinado, já que vocês estão na mesma linha da hierarquia.

Namoros desse tipo não costumam chamar tanta atenção na empresa. É claro que no começo terão os comentários de que vocês estão juntos, muita gente vai ficar olhando enquanto vocês passam e esperar que vocês surtem e quebrem o pau ali mesmo, no meio da empresa.

O cuidado que você precisa tomar, nesse caso, é não deixar a conversa leve se transformar em gracinha de casal ou em briga por motivos que não interessam a ninguém além de vocês dois. Não há nada pior do que casais que trabalham juntos e lavam roupa suja no expediente.

Ele é seu subordinado
Você precisa tomar muito cuidado nesse tipo de relação. Sempre tem um engraçadinho que vai dizer que você está usando seu poder para ficar com quem quer. Veja só: se você é namorada do chefe é porque quer subir, se seu subordinado se interessa por você é porque você assediou.

Antes das coisas rolarem, não invista pesado demais e controle seu ímpeto de arrumar motivos para trabalhar até mais tarde ou mandar mensagens de trabalho tarde da noite apenas para arrumar assunto.

Deixe claro que você está interessada com suas ações, mas estipule um limite do qual você não vai passar, para evitar problemas futuros. Você pode chamar a pessoa para jantar, claro, mas aceite bem se ele disser não.

Se o namoro engatar, não misture as coisas. No trabalho você deve continuar tratando a pessoa da mesma maneira e guardar todo o amor e carinho para fora desse ambiente. Não é fácil, mas você consegue.

A regra é clara
Há empresas que têm regras claras e bastante rígidas em relação a envolvimento emocional de funcionários. A desculpa é que um fim de namoro poderia acabar com o clima da empresa ou a paixão atrapalhar o dia a dia. Besteira.

Um fim de namoro, seja com alguém da empresa ou não, sempre atrapalha o desempenho. E a paixão faz com que as pessoas trabalhem mais e melhor, ainda mais quando a outra pessoa está por perto. Todo mundo quer mostrar quão incrível e competente é.

Mas como fazer essas regras não está nas nossas mãos, informe-se. Leia a convenção da empresa, entenda as normas e aí sim você pode pensar em quebrá-las. A escolha entre um possível grande amor e um possível grande emprego é só sua.

 

Pintou um clima no trabalho? (Foto: iStock) Pintou um clima no trabalho? (Foto: iStock)

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