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16/01/2012 18h45 - Atualizado em 16/01/2012 19h58

Escassez, nem só de água...

Carlos Cesar Hermanns Carlos Cesar Hermanns
Engenheiro Agrônomo, formado pela UNIJUI, Pós-graduado em Pecuária Leiteira pela Universidade de Passo Fundo/ Rehagro, Empresário e Consultor na área de Pecuária Leiteira e Forragicultura.

Li ontem na Zero Hora que o Sr. Secretário Estadual poderá ir aos EUA buscar exemplo de modelos de irrigação e armazenamento de água. Pergunta básica deste que vos escreve: Precisa ir uma comitiva daqui para os EUA para ver uma “taipa” construída em uma terreno declivoso, cuja qual acumula água em determinados períodos do ano  para depois utilizar em períodos de menos chuva?
Sabe como se chama isso: “enroleitchion”!
Mais uma vez não vai se fazer nada, até a próxima estiagem.
Vamos lá, vamos  fazer um exercício de otimismo e acreditarmos em boas intenções. O secretário e uma comitiva de mais 20 pessoas saem do RS, com despesas pagas pelo contribuinte, vão até os EUA e lá abismados “descobrem a roda”!  Ohhhh! Vejam, os EUA fizeram isso já na década de 50, como nós não sabíamos que a “roda” não existia? Como? Fico pensando nesta comitiva olhando abismada esta “taipa” cheia de água!
Faço estes comentários irônicos porque não precisa ir até os EUA para fazermos o que precisa ser feito aqui.
Mas, vamos adiante em nosso exercício de pensar sobre irrigação no RS. Quando os EUA fizeram a deles e solucionaram seus problemas não existia preocupação ambiental ou mesmo ONG’s e órgãos públicos controladores na área ambiental. Fizeram e pronto!
Agora em 2011, tudo gera impacto, tudo é discutível, tudo agride o meio ambiente. Portanto, temos, nós brasileiros produtores de alimentos para o mundo, de sermos submetidos á várias instâncias públicas extremamente burocratizadas e diversas ONG’s de fachada, além de pseudo técnicos ideológicos que são vacinados e não nos deixam fazer o que o mundo já fez.
Para podermos fazer um pequeno açude, nosso produtor passa por uma via sacra burocrata, dispendiosa e burra! Temos que aturar americanos e europeus dizendo o que podemos e não podemos fazer com nossos recursos naturais (que ainda temos em abundância). Eles não os tem mais!
Bom, diante disso restam aos nossos políticos discursar e fazer turismo de “busca de soluções e exemplos”! Tremenda demagogia e perda de tempo!
Temos é que tomar uma atitude e fazer o que precisa ser feito. Temos média de 1.700mm de chuva por ano!
Quase todas as nossas propriedades rurais tem condições físicas e de relevo para fazer barragens e açudes. Temos água suficiente para irrigar, precisamos somente guardá-la na fartura e depois usar quando precisamos. Precisamos sim é que nossos governos façam sua parte, facilitar para o produtor, ou talvez, pelo menos não atrapalhar com burocracia e demagogia, além de uso político de catástrofes naturais para promoções eleitoreiras...
Dá sim para resolvermos o problema de irrigação no estado do RS, porém é preciso parar com os discursos!

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Cada vez que ouço alguém falar que o governador ou o ministro fulano "sobrevoou a área atingida" tenho vontade de vomitar. Me dá nojo mesmo! Que gente inútil! que falta de capacidade gerencial. Comitiva aos EUA? é apenas um bando de petralhas passeando nos states. É gente que jamais seria contratada numa empresa privada. Só sobrevive de boquinha!

Nery - 20/01/2012 14h20

Parabéns pela tua opinião. Mas, ainda nos deparamos com uma maioria da população que é completamente alienada nesses assuntos. Ainda acreditam em discursos vazios e oportunistas em épocas de estiagem e de enchentes. Ainda acreditam em deputados albergueiros, ainda acreditam na seriedade de "sobrevôo" de governador sobre seca ou enchente.

José Luiz Soares - 17/01/2012 20h00

É isso, precisamos que os políticos passem a ouvir os técnicos no assunto. O Estado (União , Estado e Município) finge que faz sua parte fazendo leis, mas não fiscaliza, burocratiza e inviabiliza por ignorância e má-vontade. O Estado precisa agir, como diz o Carlos, tirando suas funções do marasmo do "papel" para a prática ágil.

Roberto Colpo - 17/01/2012 13h42

 

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