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16/11/2011 19h47

Meios de Transporte

Ivo Ricardo Lozekam Ivo Ricardo Lozekam
Consultor de Empresas na Área Tributária, Formado em Ciências Contábeis, especialista em tributação na área de Icms, com clientes no segmento industrial e de transportes.

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, o transporte de cargas e o planejamento logístico são condições fundamentais para a circulação das riquezas e da produção.
Na hipótese de ocorrer uma paralisação no transporte rodoviário de cargas, o país inteiro seria paralisado, tornando-se um caos em todos os aspectos.  As atividades da indústria, do comércio e da prestação de serviços para se concretizarem, dependem diretamente do transporte. Portanto um eventual colapso neste último setor, iria gerar por conseqüência, um colapso nos outros três setores.
A estrutura das rodovias oferecidas ao setor do transporte, à nação inteira, ainda é muito precária. Duplicam-se algumas vias aqui e acolá, privatizam-se outras, mas só quem está na estrada de fato, conhece as deficiências.  
Só pode falar com conhecimento de causa, quem realmente conhece a realidade na prática. Imagino se um assessor direto da presidência, fosse realizar uma viagem, pelo principal caminho de entrada e saída do Mercosul, o trecho Uruguaiana-RS a São Paulo-SP.   Iria se deparar com a realidade, trechos sem sinalização, sem demarcação na pista, chuva, nebulosidade, buracos, meias-pistas em curvas com precipício, um verdadeiro caos, sem exageros, basta conferir.
Na compra do combustível para os caminhões, o óleo diesel, está embutindo um ICMS de 12%.  O que equivale a dizer que para cada 100 litros consumidos o governo fica com o valor equivalente a 12 litros a título de imposto.  Na compra de um caminhão a alíquota de ICMS também é 12%, ou seja, se a transportadora tem 10 caminhões, o equivalente a 1,2 caminhão ela pagou de ICMS.
Se os recursos em impostos que a atividade de transporte por si só já gera, fossem aplicados na estrutura do transporte, não teríamos o que nos queixar. Mas não é demais dizer que nossos portos também estão saturados, que em época de escoamento de safra, chegam a ficar parados na fila no porto de Paranaguá, 15 caminhões com soja do Mato Grosso, aguardando sua vez de descarregar.
Também não é demais dizer que o aeroporto de Congonhas está saturado a muito tempo, e que sua pista não é grande o suficiente para aviões de maior porte, prova disto foi a tragédia da TAM de 2007. Já no aeroporto de Guarulhos, os passageiros de vôos domésticos costumam ficar aguardando dentro do avião, após terem pousado, que seja liberado uma vaga para estacionar. Na maioria das vezes os passageiros descem no meio da pista, em meio a chuva, e um ônibus faz o deslocamento destes passageiros até o aeroporto propriamente dito. Ora se é necessário um ônibus para levar os passageiros do avião até o aeroporto, é porque realmente não existe estrutura adequada.
Voltando para o transporte terrestre. Aqui no RS, estão duplicando parte da 386, é verdade, mas já não era sem tempo. Também estão ampliando os principais aeroportos do país.  Além da tão necessária duplicação do trecho Sul da BR 101, mas e o trecho rodoviário compreendido entre Uruguaiana-RS a São Paulo-SP, o principal corredor do Mercosul, quando vai ter a devida atenção?
Já as rodovias no estado de São Paulo, estão em perfeitas condições, trafegando-se por lá parece que estamos realmente em outro país, não há o que se queixar.
Estas andanças todas, me fazem sentir o contraste sempre que retorno a Santa Rosa. Desconheço cidade com ruas tão feias no aspecto de conservação. Quando é que Santa Rosa vai ter ruas descentes?  Começaram a recapear algumas rótulas e pequenos trechos, mas e o resto, sem contar que nos últimos quinze dias parou tudo. Foi só fogo de palha? Quando teremos asfalto descente, ruas a altura de uma cidade rica e produtiva como a nossa? Quando é que nós contribuintes vamos nos manifestar e exigir nossos direitos? O que é mais importante, prolongamento da Avenida América ou recapear as avenidas Tuparendi, Inhacorá, Santa Rosa, Borges de Medeiros? Gostaria que alguém me indicasse no Rio Grande do Sul, uma cidade que tenha as estradas tão esburacadas e em condições tão precárias quanto a nossa.  Estive em Passo Fundo recentemente, e os vereadores tinham razão, Passo Fundo que nos desculpe, quando comparado a Santa Rosa, eles não merecem o título de Capital dos Buracos.

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Não é preciso ser especialista para ver que aqui se arrecada muito. O problema é que o dinheiro é mal administrado, a "máquina" pública é burrocrática e ineficiente. As operações tapa buraco são uma vergonha. As ruas parecem crateras lunares. Bem devagar vão fazer, ano que vem tem eleição. Pior que muitos "home" vão se reeleger. O povo merece...

Laurí - 21/11/2011 00h06

 

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