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09/09/2011 16h47 - Atualizado em 16/09/2011 21h11
O Falso e o Verdadeiro - Parte 1
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Darci Levino Capeletti
Evangelista na AD de Santa Rosa
Professor de Escola Bíblica – Palestrante de Eventos Bíblicos
Graduação em teologia pela FAETEL – Faculdade de Teologia Logos
Graduação em Ciências Contábeis com Especialização em Contabilidade Gerencial
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O que significa ser falso? Segundo o Dicionário Aurélio: fingido, aparente, simulado, postiço.
“O falso que é falso não é verdadeiro, porque para ser falso não pode ser verdadeiro, e o verdadeiro será verdadeiro se não for falso, e isto é verdadeiro.”
No entendimento empírico é tudo que não presta; no popular: tudo que for uma cópia; no científico: tudo o que não oferece segurança; na política: é tudo o que pode tornar-se verdadeiro; no social: todo projeto sem verba; na medicina: todo remédio adulterado; na química: toda fórmula faltando um componente; na matemática: todo resultado incorreto; no religioso: todo ensino que não tem base na Bíblia Sagrada.
Ao lermos At. 16.16-18, encontramos um relato interessante no qual Paulo e Silas foram protagonistas na elucidação de falsificar a manifestação espiritual através da jovem de Filipos. Eles vinham de uma campanha de evangelização e, conforme o relato histórico inicial do capítulo 16, Paulo teve uma visão de noite e, obedecendo, navegou com seu companheiro até chegar à cidade, iniciando a sua pregação para as mulheres que, reunidas junto ao rio, lavavam roupas.
Lidia, uma vendedora de púrpura, creu e foi batizada nas águas, com toda a sua família. E, sendo isto notório na cidade, afluíram muita gente para ouvir a pregação dos mensageiros, juntando-se a esta multidão uma jovem que constantemente proferia estas palavras: “Estes homens que nos anunciam o caminho da salvação são servos do Deus Altíssimo”, importunando a Paulo e Silas, que desejavam retirarem-se para orar. A jovem, como das outras vezes, propalou a mesma mensagem, no qual Paulo discernindo ser um espírito de adivinhação que falava pela boca da jovem, voltou-se e disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela”. E, na mesma hora, o espírito adivinho saiu, libertando-a daquela divindade falsa.
Entendam que a jovem era normal, a proclamação da mensagem assemelhava ser verdadeira, porém o mensageiro que se apropriava do corpo da jovem era falso, era um espírito adivinho, imundo, e que quando tomava à jovem, dava grande lucro aos seus empresários, através de suas adivinhações.
Sabei vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? (Rm 6.16).
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus (verdadeiro) e a Mamom (falso). (Mt 6.24).
João Batista precursor de Cristo, conforme Mt 11.1-19, estando encarcerado na prisão por ordem de Herodes, e sendo informado dos feitos de Jesus, mandou dois dos seus discípulos perguntar a Jesus, v. 3 - “És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro?” A curiosidade de João Batista tinha razões, pois antes de Jesus haviam aparecidos 1050 homens dizendo serem o Cristo (falsos), e este seria porventura o de nº 1051 ou então era o VERDADEIRO CRISTO, descrito pelos profetas? Jesus vendo a necessidade de provar ser o enviado de Deus mandou dizer, através dos discípulos, a João: V. 4 - “ide anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: os cegos vêem, os coxos andam; os leprosos são limpos, os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho”. (verdadeiro)
Jesus colocou seus discípulos à prova em Mt 16.15-17 - “E vós quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então Jesus disse a Pedro: Bem aventurado és tu Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céu.” (verdadeiro)
Jerusalém viveu momentos de intensidade espiritual quando Jesus, cumprindo a profecia, entrou na cidade de Jerusalém, Mt 21.5-11 - “dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei ai te vem, humilde e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho de animal de carga. As multidões, as que iam a frente e as que o seguiam, clamavam, dizendo: HOSANA ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” (verdadeiro)
Os gritos e proclamações alvoroçaram a cidade, e perguntavam: Quem é este? E a multidão dizia: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galiléia.
O acesso de ciúme somente avassala o que é verdadeiro. Os escribas e principais dos sacerdotes judeus presenciando o crescimento dos seguidores de Jesus e que as multidões ouviam e seguiam suas palavras articularam diversas tramas evocando a lei mosaica, por não aceitarem as reprimendas enunciadas em Mt 23.12-39, na qual foram arrolados como hipócritas, condutores cegos, serpentes, raça de víboras, assassinos. (falsos)
Em Jo 2.13-22, para a Páscoa Jesus foi ao templo e achando ali vendedores de ofertas para o sacrifício, fez um “azorague de cordas e expulsou os vendedores de bois, ovelhas e pombos, derribando as mesas e espalhando o dinheiro dos agentes de câmbio (oferendas falsas).” Tomados de susto e enfurecidos, perguntaram para Jesus com que autoridade fazia aquilo, e receberam como resposta: Derribai este templo, em três dias o levantarei. Jesus profetizou da sua morte e ressurreição no terceiro dia (verdadeiro).
Em Gn 3.1-7, a serpente colocou dúvida na mente da Eva quanto à ordenança de Deus, sobre tocar o fruto, comer e morrer, afirmando: “Certamente, não morrereis” (falso), estimulando o ego da mulher com promessas (falsas) que seria igual a Deus. O diabo apropriando-se do corpo da serpente desvirtuou a recomendação do Criador, diminuindo o efeito da ordem Divina, e todas as gerações herdaram os malefícios dessa desastrosa atitude (verdadeiro).
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