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21/11/2011 15h55 - Atualizado em 21/11/2011 15h56
Santo, eu?
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Pr. Fábio de Mattos
Fábio de Mattos, pastor da Comunidade Cristã Espaço Nova Geração, estudante da graduação em Teologia pela Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina, casado com Luciane de Mattos.
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O que te vem a mente quando você ouve a palavra santo? Uma imagem de gesso? Deus? Um pastor engravatado? Um pastor de calça jean? Um padre? Uma criança? Colossenses 3:12 diz: “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.”
O Apóstolo Paulo afirma que nós somos santos. Sim, você e eu. Não seremos santos, não estamos santos, mas somos santos! Assim como somos pecadores, somos santos! Santos, pois Deus nos vê assim. Santo é perdoado, separado e purificado do que confronta Deus, do que entra em choque com seus valores. Ser santo não significa ser perfeito, nem obedecer uma lista de regras. Ser santo é ter conciencia de que mesmo tropeçando, somos perdoados, e basta querermos para nos levantarmos novamente e seguirmos nossa caminhada. Sem culpa, livres! Se observarmos o conceito bíblico de céu, entenderemos que céu é o lugar onde tudo agrada a Deus. Veja que nesse versículo Paulo nos orienta a como santos buscarmos uma série de qualidades. Essas qualidades são virtudes do reino de Deus. Quando as praticamos trazemos o céu até nós. A pergunta a ser feita não é tanto “como, ou o que devo fazer para ir para o céu?”, mas muito mais “o que devo fazer para o céu chegar até mim?” Lendo os Evangelhos, percebo que Jesus realmente fala muito pouco sobre a vida além desta que vivemos. Mas porque? Possivelmente porque ele entendia sim, que a vida além desta é uma continuação das escolhas e decisões que fazemos e tomamos aqui e agora. Trazer o céu até a minha volta é burcar o que Paulo nos orienta: Compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciencia. Quando pratico isso, trago o céu até mim, até minha volta, sou luz, sou sal.
Se sou encorajado a trazer o céu até mim, significa que o inferno será combatido. O conceito essencial de inferno no Novo Testamento é “ausencia de Deus”. Miséria, opressão, mentira, solidão, desespero, roubo, morte, assassinato. Tudo isso são sinais do inferno na terra. Da ausencia de Deus. Se sou santo e devo trazer o céu, o reino de Deus até mim, até minha volta, até aqui e agora, entendo que devo lutar contra o inferno que esta em minha volta. Como santo de Deus, devo lutar contra a ausencia de Deus em minha volta, na vida das pessoas que vivem próximas a mim. Não se trata de uma luta platônica (do conceito de Platão) do bem contra o mal. Se trata sim de como santos de Deus, como cristãos, sermos luz, agindo nessa sociedade para que o reino de Deus venha até nós, desfazendo a injustiça e a maldade. Se trata de sermos cristãos agindo com compaixão e bondade e não somente discursando. Se trata de resgatarmos e praticarmos os valores de Cristo nessa terra, querendo transformar e melhorar esse mundo e não se livrar dele.
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