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16/04/2023 14h38

AS COISAS COMO ELAS SÃO

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
É certo que ainda há muito para fazer, muito para se reconstruir, muita mudança e inovação estruturais que permitam que o país avance social e economicamente de maneira justa.
Mas o fato concreto é que nesses primeiros meses do governo Lula há um ritmo intenso e acelerado de mudanças para melhor.
Os movimentos iniciais foram no sentido de retomar com força programas exitosos, como o Bolsa Família, o Mais Médicos, o Minha casa, minha vida, o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos da agricultura familiar ), entre outros.
Além disso, canais de participação popular foram retomados ou criados, e o Brasil voltou a ter protagonismo mundial.
Tem muito mais coisas para se relatar.
 
Mas o fato é que, para não usar todo o texto fazendo relato delas, há algo que é importante explicitar e que perpassa tudo o que aconteceu até aqui nesses poucos meses de governo.
 
O governo trabalha.
O governo funciona.
 
Não somente Lula, mas as figuras que ocupam os espaços de governo acordam cedo para trabalhar, sabendo o que querem, sabendo que tem muito s ser feito para conseguir realizar as mudanças para melhor na vida dos brasileiros.
Acabou o tempo do governo anterior, onde a agenda presidencial era quase inexistente, o cara levantava pensando na próxima motociata e com qual instituição ou figura pública ele iria criar o atrito do dia para movimentar as mídias e as redes.
 
Bolsonaro essencialmente não trabalhava nem governava - ficava na vagabundagem da lacração virtual.
 
Somente alguém muito ingênuo para achar que uma figura como Bolsonaro, que não trabalhou quando era membro do exército ( só incomodava e teve uma expulsão negociada), não trabalhou como vereador do Rio de Janeiro, não trabalhou 28 anos como deputado federal - somente alguém muito imbecil acharia que ele iria trabalhar na presidência da república - o negócio dele nunca foi trabalhar.
 
Em 32 anos como parlamentar, Bolsonaro descobriu que era mais fácil ficar na vagabundagem - de tempos em tempos fazia discursos histéricos para provocar lacração e viralizar nas redes sociais, e, de resto, era fazer esquema de rachadinha com os assessores para aumentar seu patrimônio pessoal.
 
Agora que Bolsonaro voltou ao Brasil, com um salário alto pago pelo seu partido, o anúncio é de ser o líder da oposição ao governo Lula.
 
Pesquisa se o Bolsonaro já se apresentou na sede do partido para trabalhar e ocupar esta função. 
Claro que não.
 
O cara não vai fazer nada que diga respeito a trabalho. Ele nunca fez, não vai ser agora.
 
Aliás, só para fechar o assunto Bolsonaro - ele alinhou os filhos no mesmo ritmo - colocou eles na vida pública para fazer política da mesma forma: muita lacração e nenhum trabalho. E aquele mau caratismo, que é genético predomina.
 
Outra coisa interessante é a bancada bolsonarista na Câmara e no Senado.
 
É uma junção de gente com algum tipo de transtorno mental, bizarros, burros e toscos.
 
É a oposição que qualquer governo agradece.
 
Um show de estupidez, imbecilidade gritaria, falta de educação e pouca efetividade.
 
Aí essa turma resolve tentar fazer lacração para cima do ministro Flávio Dino e do ministro dos direitos humanos, e a coisa vira um fiasco patético.
 
Na ânsia de lacrar para depois viralizar nas redes sociais, acabaram assinando declaração de burros.
Impiedosamente colocados no seu lugar pelos dois ministros.
 
Tem também os dois ex heróis expoentes da lava jato - Dallagnol na Câmara e Moro no Senado.
 
Por certo que os dois estão onde estão para ter foro privilegiado, porque sabem as ilegalidades que cometeram.
 
Mas, para além desse mecanismo de autoproteção, tem também o aspecto de ego inflado, de quem se acha.
 
A questão é que o palco da câmara e do senado tem servido para mostrar o quanto os dois são despreparados e fracos.
 
Tanto Moro, quanto Dallagnol, têm apanhado politicamente de maneira vexatória.
 
Fica claro o quanto os dois eram duas figurinhas mimadinhas dentro do ambiente do judiciário e do Ministério Público, e que, fora de lá, deixam nítido que são dois medíocres.
 
Não fossem eles os ordinários que causaram estrago enorme na vida do país, daria até para dizer que dá pena de ver criaturas tão despreparadas serem ridicularizadas por deputados e senadores do primeiro time da esquerda.
 
Você pode juntar uns 30 parlamentares da extrema direita, e eles não conseguem ter metade da qualidade e capacidade política que qualquer parlamentar expoente da esquerda.
 
É uma diferença do tipo jogadores cabeça de bagre de um lado, e craques do outro.
 
Só para fechar, falemos um pouco do nosso Rio Grande do Sul.
 
Segue o baile do terceiro governo seguido do centrão gaúcho - Sartori e Leite duas vezes.
Aquela ânsia medonha de privatizar tudo.
E entregar mais propaganda do que resultado prático.
 
Na assembleia legislativa, um passeio de medíocres da base governista.
 
Uma junção de deputados do baixo clero que produz estragos com seus votos de aprovação aos projetos dos governos do centrão gaúcho, e que, ao mesmo tempo, por sua obediência fiel ao governo, têm garantidos alguns recursos para obras em seus municípios base de votos, e também espaço para algumas dezenas de peixes seus ocuparem em cargos no governo do estado.
 
As coisas como elas são.
 
Sem filtro, nem maquiagem.
 
Vida que segue.

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Exatamente: Lula trabalha em 4 meses o que o inominável não fez a vida toda. O que fez foi destruir o país.

Mara Rosana - 23/04/2023 19h41

 

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