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11/06/2022 19h31 - Atualizado em 11/06/2022 20h33

Precisamos conversar

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
Gaúchos e gaúchas, precisamos conversar.
 
Sobretudo com o Rio Grande que passa carestia, que passa fome, que carece de emprego e de renda.
 
Pois é,  nosso estado não está imune a essa desgraça que se abateu social e economicamente sobre o Brasil - desemprego, miséria, empobrecimento.
 
Temos milhares de gaúchos em situação de desemprego, em situação de fome, em situação de carestia, em situação de vulnerabilidade.
 
O Rio Grande não é a Ilha da fantasia do chocolate quente tomado nos requintados e restritos lugares da Serra.
 
Tampouco o orgulho preconceituoso e muitas vezes desmesurado de muitos,  deslumbrados com o Agro que é pop, mas que exclui a grande maioria.
 
Também o Rio Grande não é apenas os interesses da FIERGS, da Farsul, da RBS e de outros poucos e poderosos.
 
Há uma parcela significativa da população gaúcha necessitada e ávida por vida melhor, emprego, condições melhores de presente e de futuro.
 
E é preciso que se entenda que cabe substancialmente ao governo do Estado ser indutor desse desenvolvimento econômico e social que harmonize, num patamar decente, a vida social e econômica de toda a população gaúcha, em todas as regiões.
 
Agora,  a grande questão que se levanta, é: quem tem condições de, ocupando o governo do Estado, promover esse movimento, essa inclusão, esse alcance de cidadania.
 
Não será a força política do bolsonarismo, que até aqui é representado por duas pré-candidaturas - uma de um fuinha feioso e limitado,  e outra de um bode velho preconceituoso.
 
E sobretudo, gaúchos e gaúchas, também não será nenhuma candidatura vinda do centrão gaúcho, vinda do MDB, do PSDB ou de outra força adjacente desse bloco político.
 
Essa gente venceu cinco das últimas sete eleições para o governo do Rio Grande do Sul.
 
Inclusive agora ocupa o governo do Estado, sendo ele encabeçado pelo PSDB, mas tendo o MDB e as outras forças adjacentes do centrão e da direita liberal juntos, compondo um bloco  coeso.
 
O governo Leite, que agora é  ocupado pelo vice-governador eleito Ranolfo, tem se encarregado, e bem,  de dar sequência a uma pauta liberal extrema e pura - encolher, vender, privatizar, diminuir... focar as ações do governo para poucos.
 
O Rio Grande do Sul passou, por exemplo, por uma estiagem medonha nesse verão passado, e o governo do Estado não teve uma única ação e uma única palavra de apoio ou socorro à agricultura familiar, sobretudo.
 
Diga-me para quem tu governa, para quem tu volta tuas ações quando tu está no governo, que eu vou te dizer quem tu és.
 
Essas forças, do MDB, do PSDB, de  outros partidos do centrão gaúcho, somados à direita liberal e ao bolsonarismo gaúcho, essa gente não vai resolver problema algum desses aqui elencados  nesse texto
 
Estão cagando e andando para eles.
 
O foco dessa gente é outro: é governar para poucos, para  qualquer coisa que represente privilégio e acúmulo de riqueza para muito poucos, e esquecimento e desprezo para o restante.
 
É preciso que isso tenha fim, e nós temos uma eleição logo ali na frente em outubro.
 
Somente o campo popular da esquerda pode fazer essa guinada que o Rio Grande do Sul precisa e que a grande maioria da sua população merece.
 
É preciso um governo que inclua, que promova políticas públicas de cidadania, de renda, de fomento ao desenvolvimento que gere empregos,  e isso tudo somente acontecerá pelo campo popular.
 
Reafirmo aqui  a pré - candidatura de Edegar Pretto.
 
Deputado estadual pelo PT, em terceiro mandato, filho do lendário Adão Pretto,  e que representa uma nova geração da esquerda gaúcha que, trazendo o legado dos governos populares de Olívio e Tarso,  e agregando novas pautas dentro de uma ótica humanista e  esquerda, pode conduzir,  junto as forças forças populares, esse processo de melhorar o Rio Grande.
 
Portanto, gaúchos e gaúchas precisamos conversar sobre isso.
 
É preciso romper com o ciclo do centrão político gaúcho, assim como é preciso não permitir que o bolsonarismo gaúcho assuma o comando do Estado .
 
O momento, agora, é  de refletir, de enxergar a vida que nos rodeia, de pensar em como a vida dos gaúchos e gaúchos pode melhorar, em cada região, de acordo com suas vocações,  e saber que é possível, em consonância com uma grande mudança que queremos ver e fazer no país, fazer melhor e fazer para todos, sobretudo para grande maioria que mais precisa.
 
Que saibamos  semear essa ideia, e que saibamos, em outubro, conduzir essa ideia a uma vitória eleitoral, derrotando não só o bolsonarismo,  mas também o centrão gaúcho.
 
Eles que chorem o leite derramado.
 
Nós já nos cansamos de ver sofrimento e necessidade e uma parcela muito grande dos gaúchos serem relegados.
 
 O tempo é de pensar,  o tempo é de agir, o tempo é de construir,  e, sobretudo, conduzir até o mês de outubro o movimento que traga de novo a esperança e a possibilidade de dias melhores para a maioria do povo do Rio Grande do Sul.
 
Ao trabalho.

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Verdade companheiro,não somos uma ilha,fizemos parte de um todo,do país Brasil,mas infelizmente,nos achamos,que fizemos parte de uma supremacia branca,que se chama superior,muito triste

HeLena Lazzaretti do Nascimento - 12/06/2022 18h14

 

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