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23/04/2022 21h30 - Atualizado em 23/04/2022 21h49

Página virada

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
Vai custar saliva, inteligência, capacidade de comunicação e convencimento, suor, lágrimas e até sangue para derrotar Bolsonaro nas eleições de outubro.
 
Mas, sejamos francos, apesar de toda a dureza, dificuldade e sofrimento que isso possa causar, será um imenso alívio.
 
Despachar Bolsonaro será, em suma, um livramento.
 
Ele é como aquele vizinho tosco, que, apontando bêbado na esquina, voltando prá casa, já nos causa asco.
 
Vem provocando, chutando o cachorro da vizinha, falando merda.
 
Chega em casa, e em instantes começa a fazer seu show de horrores, batendo na mulher e nos filhos, e quebrando o que tem em casa.
 
Ver, após anos de convivência asquerosa, que a vizinha finalmente resolve acionar a Maria da Penha, e retirar o estorvo de casa, e, por conseguinte, do convívio incomodativo com a vizinhança,  é um alívio.
 
Pois é o mesmo alívio que sentiremos no início de janeiro do ano que vem.
 
Vendo essa figura sombria, perturbada, sair do espaço onde nunca deveria ter estado.
 
E com ele, uma série de criaturas bizarras saídas não se sabe de onde, tais como aquela que viu Jesus na goiabeira, sem falar nos milhares de militares, pançudos, inúteis, muitos deles investidos no seu auto concedido direito de se sentir como poder moderador da República.
 
Essa presença diária,  odiosa, incomodativa,  limitada intelectualmente,  de toda essa horda de extrema-direita, liderada pelo seu "Messias", é algo que saturou.
 
Essa coisa que parece uma bolha insana,  um país paralelo dentro do próprio Brasil, é algo do qual temos que nos desvencilhar.
 
Não fez, e não faz bem para a grande maioria da população brasileira.
 
Tensionou no limite máximo a convivência em todos os ambientes, presenciais e virtuais.
 
A ânsia de destruir do bolsonarismo destruiu também afetos.
 
E pôs  em seu lugar rancores, medos e preconceitos.
 
É preciso deixar isso para trás.
 
Construir daqui, até chegar em outubro, as condições objetivas para derrotar o bolsonarismo e seu líder, e ao mesmo tempo preparar o terreno para uma reconstrução do país, não só no aspecto econômico, mas sobretudo no aspecto humano, no aspecto de cidadania, de dignidade e de convivência.
 
Em relação a tudo isso, esse período de extrema direita, de extrema destruição, de extremo retrocesso, deu......chega !
 
Quero chegar ao fim de 2022, e no início de 2023, e lembrar daquela famosa canção que diz..."és página virada, descartada do meu folhetim."

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Valeu Paulo. Fostes ao cerne. Virar a página , varrer do palácio, mandar embora democraticamente, pelo voto, pque a grande maioria não aguenta mais assistir, dia após dia, as loucuras de um insano, levado ao poder por tantos outros...

Laurecy Ribeiro - 25/04/2022 19h41

Só verdades,não vai ser fácil, mas precisamos superar ,para o bem de todos estes tempos sombrios da nossa história, onde fomos não administrados por um bando de malucos mal intencionadas é más. Precisamos reconstruir nossa nação para o bem de todos nós.

Helena - 24/04/2022 16h37

Realmente chega deste triste período. Viremos esta página!

Adilson João Steffen - 24/04/2022 16h14

 

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