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05/02/2022 13h56 - Atualizado em 05/02/2022 14h11

5 em 7 ( E a mentira é a mesma)

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
Anseio pelo momento no  qual o Rio Grande do Sul, por sua maioria nas urnas, dê um chega para lá nesse bloco coeso de centro-direita que tem ocupado o governo do Estado desde a metade da década de 90,  com exceção apenas  dos dois governos do PT (Olívio e Tarso).
 
Ora com a cabeça do governo sendo do MDB (3 vezes), ora do PSDB (2 vezes)... e sempre com a participação coadjuvante, afinada ideologicamente, e onerosa, de PP, PTB, e outros partidos de menor expressão do mesmo campo.
 
Onerosa, no caso, tanto no aspecto de cargos públicos que estes ocupam, quanto do fardo que é carregar os estragos produzidos por essa gente toda, sobretudo no serviço público.
 
Desde 1995, com o ardiloso Antônio Britto (MDB), a linha mestra dos governos desta turma é sempre a mesma: extinguir, privatizar serviços públicos, entregar estatais estratégicas para a iniciativa privada, tratar a grande maioria do funcionalismo público com desdém, ou ávida vontade de culpá-lo e puní-lo(seja achatando salários, seja no prejuízo do exercício das carreiras, seja no ataque danoso às aposentadorias dos servidores, de uma forma geral).
 
A justificativa é sempre a mesma, com maior ou menor capacidade de oratória para vendê-la: encolher o estado para investir em áreas essenciais -  saúde, educação e segurança.
 
Ocorre que isso é sempre mentira.
 
Somente uma continuada conversa fiada.
 
Dos 5 governos que esta turma teve, de1995 em diante (contando com o atual ), não se viu, apesar das privatizações, extinções e reduções de quadros do funcionalismo, melhorias significativas ou mesmo perceptiveis em uma dessas três áreas, as quais eles dizem que são prioridade.
 
É lá na ponta,  na vida real do cidadão gaúcho, que essa realidade/verdade aparece de forma cristalina.
 
O Estado do Rio Grande do Sul compromete, hoje, um  percentual dentro de padrões razoáveis da sua arrecadação com funcionalismo.
 
O Estado do Rio Grande do Sul possui uma dívida enorme com a União,   repactuada de forma indecente por esta turma, mas que tem permitido fôlegos temporários.
 
O Estado do Rio Grande do Sul tem tido aumento  de arrecadação nos últimos anos.
 
Resumidamente, esse é o quadro em números do governo estadual gaúcho.
 
Porém, as políticas públicas só encolhem, ou somem.
 
E as tais áreas essenciais que este bloco alardeia como foco tem orçamentos insuficientes.
 
Quer dizer: extinguem, privatizam, reduzem, e o produto prometido não aparece.
 
É lá na ponta, na vida real do cidadão gaúcho, que cada vez se percebe menos a ação, a presença do Estado, no sentido de indução ao desenvolvimento econômico e social.
 
Já deu.
 
Cinco governos dos sete últimos (contando com o atual) com a mesma toada, a mesma narrativa, a mesma justificativa, a mesma mentira.
 
Há uma parcela enorme da população gaúcha que precisa da ação do governo do Estado, em todos os campos - educação, saúde, agricultura, etc. , e que não enxerga a presença necessária deste.
 
Absolutamente necessário e premente mudar o rumo.
 
E, já que essa turma toda gosta do lugar que ocupa e do que faz, *só tem uma forma de lhes dar o boné da saída*: pela via democrática das urnas.
 
Pela construção, neste 2022, de uma consciência majoritária na sociedade gaúcha de que é possível e necessária outra forma de gerir o Estado, expandindo, atendendo, promovendo crescimento e cidadania.
 
Olhando para este bloco que ocupa o poder executivo gaúcho há tempos, só tem que dizer:
 
Deu prá ti !

 

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Comentários

Triste realidade gaúcha. Precisamos urgentemente mudar isso. Há esperança se conseguirmos nos unir e trabalhar muito por essa causa. É um trabalho coletivo!!! Sou professora estadual aposentada e percebo que há colegas empenhados na mudança. Mas ainda há os que deveriam se envolver mais na luta.

Rosméri Maders Thomas - Santo Cristo - RS - 19/02/2022 21h01

Interessante que eles nem se preocupam em mudar o discurso de campanha . É sempre o "Novo", novo jeito de governar e por aí vai. É hora de acordar e pensar, tbem, em mudar a bancada de deputados que dá sustentação a esses governos. Chega! Estamos morrendo à míngua! Os aposentados do magistério e os funcionários de escolas, estao entrando para o oitavo ano sem reajuste, com agravante que os professores aposentados passaram a descontar providência novamente !

Mara Rosana Rosa - 07/02/2022 13h17

Só verdades,nós sabemos mas a grande maioria dos gaúchos estão na inércia,são reacionários e conservadores,estão na miséria mas continuam pensando pela cabeça de uma elite que pensa ao redor de seu próprio umbigo

Helena - 05/02/2022 17h58

 

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