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06/08/2022 20h57 - Atualizado em 06/08/2022 21h43

Times escalados e na boca do túnel

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
Fechado o período de convenções, estão definidas as candidaturas ao governo gaúcho e à uma vaga do Rio Grande do Sul no Senado.
 
São, salvo mudanças, 11 candidatos ao  governo gaúcho, e 9 ao Senado.
 
Uma análise concreta do cenário, nos coloca diante da seguinte conjuntura...
 
Das onze candidaturas ao governo gaúcho, 8 são para marcar posicionamento ideológico, e/ou para ser alavanca de votos para formação de bancadas parlamentares, em nível estadual e federal.
 
Das nove candidaturas ao Senado, 6 são para marcar posicionamento ideológico.
 
Quer dizer o seguinte....
 
Apenas 3 candidaturas ao governo gaúcho disputarão para valer, em condições de vitória.
 
Apenas 3 candidaturas ao Senado disputarão com condições objetivas de vitória.
 
Nessa avaliação, não há nenhum juizo de valor ou demérito, mas sim, uma análise das condições objetivas de viabilidade das candidaturas postas.
 
Temos então 3 candidatos viáveis ao governo: Edegar Pretto, Eduardo Leite e Ônix Lorenzoni.
 
E três candidaturas viáveis ao Senado: Olívio Dutra, Ana Amélia e General Mourão.
 
Três linhas ideológicas.
 
Pela esquerda, Edegar Pretto e Olívio.
 
Pelo "centrão gaúcho", Leite e Ana Amélia.
 
Pela extrema direita bolsonarista , Ônix e Mourão.
 
Disputa dura, pesada, ideológica, de fundo, de concepção de sociedade, de função do Estado como ente mediador /organizador / indutor (ou não) do desenvolvimento econômico e social.
 
O governo do Estado, nas suas últimas sete gestões(contando a atual), tem 5 sendo comandado pelo centrão gaúcho ( MDB, PSDB e adjacentes ).
 
Em outras duas vezes, foi governado pela esquerda ( PT  e outras forças políticas populares e  progressistas).
 
A novidade, portanto, é a extrema direita vir como força política viável para essa disputa.
 
Consequência da ascensão nefasta do bolsonarismo, que encontrou terreno amplo para crescimento também aqui no estado.
 
Vem com força, mas não deve vingar.
 
Está espremida em um gueto de extrema direita, que, embora volumoso, não tem muito para onde crescer, dado o espaço delimitado ao centro e à esquerda.
 
Coloco, portanto, que apesar dessa terceira força estar posicionada , de largada, como viável, deverá, no decorrer da campanha, estacionar em tamanho.
 
Creio que teremos, novamente, o embate esquerda x centrão gaúcho.
 
Projeto popular x proposta neoliberal de estado mínimo.
 
 O centrão gaúcho já causou estragos demais nos últimos anos para a maioria da sociedade gaúcha.
 
Com a redução de políticas públicas sociais voltadas principalmente para a grande porção empobrecida dos gaúchos.
 
Com a redução de políticas públicas de indução do desenvolvimento das regiões do Estado, afetando sobretudo micro e pequenos empreendimentos e a agricultura familiar.
 
Com o sequencial e contínuo maltrato ao funcionalismo público.
 
Com a gestão temerária e comprometedora das finanças públicas do Estado, sobretudo na dívida do estado com a União.
 
Com a entrega do patrimônio público estratégico a preço vil,  para grandes corporações privadas.
 
É uma longa lista de malfeitos.
 
Que precisa ser interrompida.
 
É preciso que o Rio grande do Sul volte a ter um governo popular.
 
Que invista pesado em políticas públicas sociais voltadas para o resgate da cidadania e da dignidade de milhões de gaúchos empobrecidos e miserabilizados.
 
Que crie políticas públicas respeitando as vocações regionais e fomentando o pequeno e o microempreendimento, e a agricultura familiar.
 
Que trate com dignidade e respeito o conjunto do funcionalismo público.
 
Que tenha postura altiva e autônoma em relação ao governo federal, sobretudo no que diz respeito às finanças e dívida públicas.
 
É um embate duro que temos daqui até o final de outubro
 
Primeiro, para colocar a frente de esquerda encabeçada por Edegar Pretto no segundo turno.
 
E depois, no segundo turno vencer a eleição,  derrotar o centrão gaúcho.
 
E estabelecer um norte de esperança, de cuidado com as pessoas, e de possibilidade de um desenvolvimento social e econômico mais harmonioso em todas as regiões do Rio Grande do Sul.
 
Vamos à boa luta.
 
Com a firmeza e a certeza de que é possível.

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Tomara que tua análise esteja correta porque não dá mais pra aguentar esses governos de desmonte, de miséria, de retrocesso, de truculências. A disputa vai ser acirrada e temos que fazer esse embate nos nossos locais de trabalho, com vizinhos, nos locais que compramos, etc. Duro vai ser ter pernas pra contrapor tanto fake, uma vez que grana eles tem de montão pra fazer jogo sujo.

Mara Rosana Rosa Foltz - 07/08/2022 15h06

 

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