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25/09/2021 19h57 - Atualizado em 25/09/2021 20h02

Não é permitido desanimar, nem ser pessimista

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
Todos os ativistas, todos os lutadores sociais, todos os militantes.. nesse momento da história brasileira não há espaço para fraqueza, não há espaço para titubear, não há espaço para medo.
 
Não temos o  direito de desanimar. 
 
Não temos o direito de sermos pessimistas.
 
Existe a tarefa ofensiva de ser ousado, intenso, radical e certeiro.
 
 Porque há milhões de brasileiros que  dependem dessa luta, deste enfrentamento.
 
Resistir e confrontar ofensivamente a situação de empobrecimento, de fome,  de desemprego, de precariedade, de ausência e de carência, de alta excludente no custo de vida, de retirada brutal de direitos de proteção ao trabalho e direitos de cidadania.
 
É preciso fazer um enfrentamento duro para pôr fim ao tempo do espantalho da morte.
 
É preciso também fazer um enfrentamento duro para que, após encerrarmos o tempo do espantalho, não se tenha que viver sob o tempo da crueldade polida, bem vestida  e perfumada de tucanos e seus adjacentes.
 
É preciso lembrar que sob o discurso encantador da linda democracia de mercado e de consumo, há uma voraz armadilha de acumulação de riqueza de poucos e exclusão de muitos.
 
Ela se fantasia sob o nome requintado de "terceira via".
 
Até porque, ao final de tudo, as forças do espantalho e as forças da terceira via querem majoritariamente a mesma coisa - a diferença está no método.
 
Então é preciso confrontar.
 
E é preciso semear.
 
Confrontar espantalhos grotescos e cruéis requintados.
 
Semear a certeza de que é possível resgatar a cidadania de milhões.
 
Estabelecer soberania, estabelecer possibilidades.
 
Se me pergunta se isso é fácil - direi que é sempre duro e custoso.
 
Porque é sempre assim remar contra quem tem a força de ordenar a direção da correnteza.
 
Como se sabe, para se semear algo novo é preciso esforço, capacidade e  inteligência.
 
Para continuar fazendo mais do mesmo, basta ser gado e agir de forma burra e não-reflexiva.
 
Então, diante de todo este quadro e da tarefa enorme que cabe a cada ativista que queira ser protagonista na construção de uma situação nova e melhor para o país, não cabe desorientação, recuo ou medo.
 
É preciso ter a coragem e a intensidade necessárias para que ao longo do que temos de tempo em 2021, e no decorrer de 2022, se faça todo o movimento que nos leve a começar um outro período da vida do país.
 
Como dizia Belchior.. "viver é melhor que sonhar.."
 
E se há perigo na esquina.. a gente constrói o movimento, e coletivamente vai até lá enfrentar ele.
 
E assim seguimos.

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Tempos difíceis. Espero que forge homens fortes.

Adalberto Paulo klock - 27/09/2021 15h42

Muito bom o teu texto Paulo, vou compartilhar com meus amigos de outras estados do Brasil. Textos como este não podem ficar apenas na nossa bilha aqui da Região.

Noemi de Araújo Bauer - 27/09/2021 07h25

Sábias palavras! Sem desanimar vamos todos a luta!!

Mara Costa - 26/09/2021 07h14

É isso mesmo! Resistência para manter a dignidade!!!

Neusa Machado - 25/09/2021 20h35

 

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