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12/06/2021 14h13 - Atualizado em 12/06/2021 14h20
Se empanturrando de palavras, ódio e vento
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Paulo Schultz
Professor
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Objetivamente falando - essa horda imbecilizada que segue e se identifica como bolsonarista - se alimenta de palavras, ódio e vento. Somente.
Há um governo que não produz quase nada de concreto em termos de políticas públicas construtivas.
Que se ocupa diariamente com a compulsão por mentir, deturpar, provocar conflito, atrito e caos.
Um governo que tem com mola propulsora a intenção de destruir e uma pulsão doentia por promover a morte, em todos os sentidos.
E é disso, exatamente disso, que essa horda toda se alimenta e se empanturra.
Tal qual filhotes de passarinho no ninho, que esperam diariamente a ave mãe lhes colocar alimento dentro do bico, a horda espera pelo seu alimento diário, vindo do seu mito - palavras e ações destrutivas para empanturrar suas mentes simplórias e/ou tortas.
Não há índice social positivo, não há índice econômico com resultado positivo, exceto para alguns poucos segmentos.
Não há política pública, que não seja aquelas contaminadas por um viés torto e insano.
Nada disso importa para essa gente.
Nem mesmo se, para uma parcela dessa horda, a vida ficou pior, ficou mais dura, nem essa realidade suplanta a sua fixação em alimentar suas mentes e vidas com o nada.
Porque, no final de toda essa torrente de morte e destruição, de todo esse ideário torto e destrutivo, não há nada.
É como uma seita doentia que se ocupa dela mesma.
Com que facilidade o bolsonarismo manipula e movimenta mentes simplórias.
Independente de classe social e de nível de estudo.
Tirando uma pequena parcela, que talvez (talvez) tenha consciência, todo o restante dessa horda não tem clareza, nem perspectiva de nada.
Só a perspectiva de, no dia seguinte, receber mais um tanto de informações deturpadas, e de palavras, que imbecilizam mais, entorpecem mais, e fomentam mais ódio e mais ignorância.
Nessa narrativa, tudo que se combate diariamente é aquilo que supostamente é contrário às palavras e ações do líder da "seita".
"Ele só não faz mais, porque não o deixam". - é o mantra.
Agora, cá entre nós...
Não tem conserto isso, não.
Ainda bem que é um segmento minoritário da sociedade brasileira, embora ruidoso e amedrontador.
Vai dar trabalho para colocá -los de volta de ontem não deveriam ter saído.
Mas o tempo de convivência não- pacífica com essa gente, nos ensinou muita coisa.
E a primeira delas é como não se deve ser.
Porque nenhum ser humano razoavelmente são, mentalmente falando, há de ser realizar alimentando-se somente de palavras, de ódio e, ao final de tudo, literalmente de vento.
E um vento destrutivo, apenas.
Passaremos por eles, e por esse tempo.
Mas será com muita dureza.
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Comentários
É muito triste conviver com isto.
Luiz Alberto da Silva - 20/06/2021 21h38