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31/03/2021 21h11 - Atualizado em 31/03/2021 21h25

Uma brisa leve anuncia novos ares

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
O clima é pesado, o país tem mais de 300 mil mortes por conta da pandemia que já se prolonga há mais de um ano, e ainda vai longe.
 
Porém, paralelo ( e também concomitante), algo se movimenta no ar do país.
 
Era inevitável que chegaria um momento em que o ar pestilento trazido pela vitória e pelo consequente governo bizarro e nocivo de Bolsonaro iria saturar.
 
Saturou.
 
O Governo Bolsonaro, mesmo que chegue ao seu final, em 2022, virou uma farinha.
 
Exceto pelos rompantes de sempre, e pelas aloprações e delírios, não há mais nada de novo que o não-governo do ex- capitão possa produzir.
 
Poderá, institucionalmente, seguir até o fim de 2022.
 
Mas, salvo alguma mudança muito dinâmica da vida política e social do país, Bolsonaro e seu governo são defuntos por ora insepultos.
 
Claro que ainda haverá riscos, danos, destruições, etc.
 
 Mas a overdose diária de tudo que se relaciona a Bolsonaro e seu mandato fez com que se chegasse ao ponto de saturação - uma pestilência amplamente rejeitada - antes de seu tempo final.
 
Apesar de toda dor e tristeza, e caos, causados pelas mortes na pandemia, diárias e imensamente prolongadas, sente-se uma brisa leve que alenta a imensa maioria da população.
 
Uma brisa que traz novos ares.. que permite com que as pessoas sintam silenciosamente que o tempo triste da pandemia vai passar, e também o tempo sombrio e negativamente denso do período chamado Bolsonaro também.
 
É um respiro novo, mais leve, mais humano.
 
Que, pelo momento, só pode ser sentido de forma respeitosa e silenciosa, mas que pode e deve ser alimentado de forma individual, e, ao mesmo tempo, como uma sensação coletiva de muitos.
 
O mal virou farinha.
 
Uma farinha que ainda estará por um tempo a nos importunar.
 
Mas que quando se dissipar por inteiro, nos permitirá querer e disputar o horizonte dentro de uma perspectiva não mais adoecida.
 
Será como perceber que há muito a reconstruir e muito a conquistar, mas que  essa tarefa dura será feita com firmeza e ao mesmo tempo, com respeito à toda vida.
 
A bizarrice e o delírio nefasto da morte viraram farinha.
 
E a brisa da vida vai soprá-la para que nunca mais volte.
 
 
Sinta a brisa... feche os olhos...e sinta a brisa.
 
Quando tudo parece sombrio e perdido, os ventos sempre trazem uma novidade, invariavelmente boa.

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Quero acreditar que haja esperança para levarmos de novo nosso país ao primeiro mundo. Porém, tanto assim acho que é impossível agora, pelo estrago que foi feito nesse país. Mas, uma coisa fundamental que precisamos compreender para conseguir transformar esse país um grande país é que assim como o governos anti nacionalista podem vender o que quiserem, um governo nacionalista pode estatizar o que bem quiser. E espero, quando isso acontecer, que a justiça não seja mais canalha, canalha, canalha, impedindo tudo que um governo nacionalista possa querer fazer.

Adalberto Paulo klock - 02/04/2021 12h02

Novos ares são o prenúncio da volta da Esperança! Ela que enchia a alma e alimentava nossa caminhada. Não tá fácil...mas também, não é impossível! Vamos Acreditar!!!

NEUSETE MACHADO RIGO - 01/04/2021 20h34

Que estes novos ares e esta brisa da mudança levem para longe esta farinha podre. Nosso povo precisa voltar sonhar e a ter esperança de que estamos construindo uma vida melhor para todos, com democracia, respeito e dignidade. Ótimo texto!

Neusa Machado - 31/03/2021 22h08

Parabéns Prof Paulo. Sempre atento e pontual. Concordo que ainda exista uma esperança de resgatar o País, onde não haja tanto rancor e desmonte de tudo que foi conquistado ao longo dos anos.O desgoverno da negação, inclusive do brio pátrio que aparece de forma dissimulada e enganosa, sendo na realidade subserviente ao império. Ainda existem muitos adeptos da submissão ao taco da bota, que volta e meia erra o passo. Vamos Acreditar

Dario Azevedo - 31/03/2021 21h58

 

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