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09/10/2021 18h56 - Atualizado em 25/06/2022 19h52
Apesar dos castigos
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Paulo Schultz
Professor
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Apesar de tudo que o país, e, em especial, a grande maioria do povo brasileiro tem sofrido, desde 2016 para cá, nós resistimos.
Apesar da fome, apesar do desemprego, apesar da precariedade, apesar da dureza, da aspereza, da morte, e da mão fria e invisível do mercado e seus operadores políticos, nós vamos resistir.
E nós não vamos só resistir - nós vamos enfrentar.
E nós não vamos só enfrentar - nós vamos impor uma derrota de projeto, uma outra construção de país- e dessa vez, espero, sem concertação.
Porque não deve haver concertação com quem não merece.
Há uma conta em aberto - e essa conta não é monetária.
É uma conta que diz respeito à dignidade, que diz respeito à cidadania, e que diz respeito, sobretudo, ao respeito à todas as formas de vida e de relação humana.
E essa conta nos é muito cara.
Porque quem produziu toda essa conta, vai ter que assistir quietinho ela ser zerada.
Sem concertação e sem arrego.
Depois do arranjo forjado da deposição de Dilma, e da instalação rápida de um processo destrutivo para muitos, e enriquecedor para poucos, tivemos que suportar mais.
Tivemos que ver se instalar um tempo sombrio, de mais destruição, de maneira mais bárbara, e não civilizada.
O espetáculo anarco comandado por um espantalho da morte.
E nesse tempo todo fomos vendo somente sofrimento e ausência para muitos.
E uma bonança inaceitável para muito poucos.
Esse tempo precisa, e vai acabar.
O Brasil há de renascer.
Vamos vencer o espantalho da morte.
E resgatar a cidadania de milhões.
Uma construção que não será fácil.
Mas que, justamente por não ser fácil, nos estimula a fazê-la.
Com todas as forças sociais protagonistas dessa resistência e da posterior reconstrução, e também com aquelas que porventura se derem conta de que aquele caminho tomado lá em 2016, e carimbado em 2018, é um caminho absolutamente errado, um caminho danoso, causador do que pode haver de pior.
O fato é que a gente cansou, não de resistir, mas de ver isso tudo.
Sabe aquela coisa..." a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão, arte e, sobretudo, viver."
Então... é isso.
Estamos por aí, querendo resistir, enfrentar, e começar um novo tempo.
Apesar dos castigos.. faremos, com firmeza.
Vida que segue.
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Comentários
Na história de nossas lutas aprendemos a nos preparar para a derrota. As vitórias nos parecem divinas. Neste tempo de dor e sofrimentos de toda a ordem, somos desafiadxs a lutar com o povo para vencer o mal e restaurar a NAÇÃO brasileira com direitos para todxs. O textos nos motiva. Parabéns professor Paulo!
Terezinha L Krolikowski - 10/10/2021 10h48
Com certeza , A uniao faz a força ..Estamos juntos nessa batalha
Nadir Zimmermann - 09/10/2021 22h08
Apesar de você amanhã a de ser, outro dia!
Desistir jamais...
Vania Rosa Roman - 09/10/2021 22h00
Com a uniao de todos os que sao do bem . Venceremos esta dura batalha que nao esta sendo facil. Mas que vai dar tudo certo.
Leonida barros de bairros - 09/10/2021 21h28
Verdade,mas me questiono todos os dias será que o povo aprendeu a lição, pq nem nós piores tempos que nosso país viveu ,nunca vimos pessoas roendo osso cru,muito triste
Helena - 09/10/2021 21h23
É isso mesmo, Paulo!
Não tem como continuar com esse devaneio político, pois é o suicídio da Economia do país e da esperança de milhões de brasileiros que a cada dia perdem um pouco mais de sua dignidade.
Não dá mais!
Fora Bolsonaro!
Paulo valneri Schmidt - 09/10/2021 21h20
Resistiremos, com esperança!
Merici - 09/10/2021 21h18