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04/07/2020 20h26 - Atualizado em 04/07/2020 20h31

Um passa-fora no baixo clero - por melhores parlamentos locais

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
De cabeças de bagre as câmaras de vereadores estão cheias.
 
Gente que não consegue pautar nada de importante, que faz do mandato um rosário volumoso de pedidos que qualquer cidadão poderia fazer direto na  prefeitura da sua cidade.
 
Que não consegue fazer um debate de fundo, de um tema importante, por não ter conhecimento mínimo.
 
 Que tumultua o parlamento com picuinhas e desavenças pessoais.
 
 Que faz do clientelismo, seja diretamente, ou por meio de assessores, o meio de manutenção de um eleitorado cativo.
 
Uma relação de mão dupla: voto por favor, e favor por voto.
 
Vereadores que negociam seu voto a favor de projetos do governo local em troca de atendimento aos pedidos das bases do seu eleitorado, e, concomitantemente, com a colocação de apadrinhados políticos seus em cargos de confiança.
 
Guardadas as proporções, é o mesmo jogo rasteiro, pragmático e corrompido feito pelo baixo clero da Câmara dos Deputados.
 
E do qual é preciso livrar-se, por se tratar de algo pernicioso, pouco produtivo, e que perpetua  um modo rebaixado e deseducador de fazer política. 
 
 A tarefa é romper com isso.
 
É trabalhar e impulsionar candidaturas  à vereança que se constituam de forma programática, com propostas claras, que apontem para projetos e debates  de temas importantes para a vida de todos nos municípios.
 
Candidaturas que se pautem numa forma ética e educadora, não só em relação à propostas, mas, principalmente, na forma de captação de apoio e de voto.
 
São estas candidaturas que precisam ter êxito.
E se converter em mandatos parlamentares.
 
Com qualidade de intervenção política, com postura séria de debate e proposição de temas.
 
Com articulação coletiva com as comunidades locais, para que as demandas sejam resultado consciente da coletividade, e não favores individuais viciados.
 
Essa é a construção a ser feita.
Crescer os mandatos parlamentares comprometidos com o coletivo, com qualidade e intensidade.
 
E ao mesmo tempo, dar um certeiro passa-fora na turma do baixo clero, esse numeroso cardume de cabeças de bagre.
 
Vamos à boa luta.

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Interessante. Vou cuidar para ver se o professor se candidata e veremos como se comportaria no parlamento. Provavelmente traria temas de grande relevância ao país e quem sabe ao mundo,só que.........não. A concluir pelo que propões nesta coluna se vê que......tudo é cópia de temas levantados na mídia em geral, inclusive os termos (baixo clero, fascistas etc e tal) com uma pitada de bairrismo tosco e muita, mas muita arbitrariedade e prepotência (sempre digo aqui que vocês não sabem o que é democracia, apesar de cuspir esta palavra todos os dias). Quem se abastece dos perdigotos do lula não tem muito a colaborar, a não ser mostrar sua pobre condição de teleguiado como exemplo a ser esquecido. Candidate-se, professor.

Joca - 05/07/2020 10h26

"Compromisso com o coletivo, com qualidade e intensidade". Certeiro como sempre amigo! É isso aí!

Rose Bitenca - 04/07/2020 23h21

 

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