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08/02/2020 18h24 - Atualizado em 08/02/2020 23h01

Um exército de dedos

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
um campo de batalha que precisa ser conhecido, que se deve saber como funciona e que deve ser diariamente utilizado, para se vencer a guerra contra o grupo que combina fascismo com  ultra liberalismo, e que está no poder central do país - as redes sociais.
 
Há  em parte da esquerda uma apavorante não utilização de redes sociais,  e, da porção que utiliza,  uma também
 apavorante falta de domínio de uso, mesmo que basicamente,  destas redes.
 
Ainda, desta mesma parte da esquerda que utiliza redes sociais, uma tenebrosa timidez e falta de ousadia e ofensividade militante.
O outrora leão da militância se mostra um  assustado nas redes.
 
Sim, a explosão do uso político das redes sociais é uma coisa recente.
E quem primeiro percebeu  que esse uso poderia dar grandes resultados foi a turma da direita,  especialmente a extrema-direita ( bolsonaristas e libertarianistas).
Lembremos dos protestos de 2013, e do tsunami criado para derrubar Dilma e o PT.
 E, por fim, a eleição de Bolsonaro,  com o uso profissional massivo das redes, especialmente o WhatsApp.
 
 É preciso que se compreenda que as relações sociais mudaram, que a estruturação da vida social e produtiva mudou, e que isto torna absolutamente diferente a forma como as pessoas interagem entre si, assim como  a forma e a velocidade das informações.
A comunicação via redes é intensa, contínua, ininterrupta.
 
Convence e ganha quem consegue atingir as pessoas com uma narrativa que, em muitos casos, preocupantemente, não expressa a verdade.
 
E mesmo não sendo verídica, por ser eficaz, passa a ser tomada por verdade.
 
 Esse é o quadro posto, que  cada militante de esquerda precisa ter claro.
É  obrigatório desenvolver uma narrativa  contínua e  convincente que ganhe as pessoas.
E para ganhar, a narrativa não pode estar calcada apenas em fatos,  mas deve ter implicada também, junto aos fatos, emoções.
Nítido foi na campanha de Bolsonaro que as emoções envolvidas diziam respeito às concepções religiosas, medos,  preconceitos e ignorâncias, o que torna as coisas difíceis de serem combatidas.
 
 Difíceis, mas possíveis.
Essa é a tarefa do campo da esquerda.
 
Usar as redes, usar as redes, usar as redes.
 
Com propriedade, com constância diária, com narrativa clara e incisiva, e com ousadia, ofensividade e volume suficientes para ganhar a disputa de concepção e de proposta de sociedade, de país, de Estado, de município, e de vida.
 
 Isso é uma tarefa de todos do campo popular, prá ontem.
Quem não sabe, precisa aprender.
Quem sabe pouco, precisa aprender mais.
 
E quanto à narrativa, bom, elementos há de sobra, tanto teóricos, quanto práticos.
O que se precisa é moldá-los ao formato e velocidade das redes.
 
Ou se aprende a  usar, ou se sucumbe e se é derrotado pelo projeto oposto, do campo fascista e ultraliberal que quer destruir o país, estabelecer costumes sociais insanos, e promover a morte, em todos os seus aspectos.
 
Ao trabalho!

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

A esquerda não sabe usar a rede? Ora ora. O PT inventou os blogs financiados com dinheiro público, dinheiro seu, dinheiro meu, do povo, para dar apoio ao governo e atacar inimigos, jornalistas que falavam da lava-jato, espalhar notícias falsas sobre adversários políticos. Procure por Armando Santiago Jr., o companheiro Armando, que passava o dia inteiro atrás de um computador. Hoje, sabe-se que o tal Armando também era falso. O companheiro Armando, na verdade, eram quatro pessoas pagas pelo PT para o trabalhinho safado de divulgar mentiras a atacar sorrateiramente adversários. Tudo falso, o companheiro, as notícias, menos o dinheirinho "suado". Este era verdadeiro, mas o suador não era dos companheiros, era nosso, era o nosso dinheiro do povo, desviado de forma safada pelo lula e pela Dilma. Este é apenas um pequeno caso, pois tem muuuuuito mais exemplos de blogueiros financiados pela quadrilha para o trabalho sujo de enganar a população. Pena que a população é idiota o suficiente para acreditar nessa gentalha e continuar acreditando no maior mentiroso da nação, o lula, o macunaíma, o mentiroso-contumaz. Que papelão, "professor"..............

Joca - 11/02/2020 11h21

Muito teremos que evoluir pois competir com robôs que enviam milhares de mensagens falsas em poucos minutos, não é tarefa fácil! Mas, para quem sempre se orgulhou de fazer o corpo à corpo, agora terá que dominar muito essa ferramenta para competir num campo de tamanha desvantagem pra nós! Teremos que aprender técnicas de abordagem. Bater de frente, não tem sido produtivo.

Mara Rosana Rosa Foltz - 11/02/2020 10h30

Muito teremos que evoluir pois competir com robôs que enviam milhares de mensagens falsas em poucos minutos, não é tarefa fácil! Mas, que sempre se orgulhou de fazer o corpo à corpo, agora terá que dominar muito essa ferramenta para competir num campo de tamanha desvantagem pra nós! Teremos que aprender técnicas de abordagem. Bater de frente, não tem sido produtivo.

Mara Rosana Rosa Foltz - 11/02/2020 10h29

VERDADE Paulo. Tembem preciso aprender mais

Terezinha Lazzaretti Krolikowski - 09/02/2020 14h52

Concordo contigo, é preciso usar mais as redes e tocar naquilo que comove um povo. Entendo que temos que resgatar também uma certa humildade e tornar nosso dialogo mais próximo das massas...

Roselaine - 09/02/2020 13h52

 

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