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01/11/2020 08h59 - Atualizado em 01/11/2020 09h14
Em 2016 eu morri, mas em 2020 eu não morro
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Paulo Schultz
Professor
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Ninguém vai fraudar, nem sabotar a alegria e o desejo de milhares.
Sim, irão tentar fazer, pois isso é da natureza de quem habita o mundo do poder econômico: sabotar a alegria e tolher o desejo e a esperança de quem quer vida melhor e cidadania, oferecendo a mordaça do dinheiro instantâneo.
Só que há coisas demais a serem feitas.
Há coisas básicas da dignidade e da cidadania que vem sendo relegadas.
E isso tem um limite de suportabilidade.
Chega um momento em que o copo da paciência transborda.
E quando isso acontece, não há poder econômico, nem coação que consigam suprimir a vontade da maioria.
Quando a mensagem política vem com leveza, força e sinceridade, e encontra eco e reciprocidade na alma do anseio popular, o poder econômico não consegue se sobrepor.
Há uma caravana que percorre diariamente ruas e caminhos, que percorre virtualmente redes, que dialoga com sinceridade, e ganha a dimensão da vontade de milhares.
Sobe e desce, avança e se movimenta, como a força de tração de um jipe.
Uma legítima caravana que carrega alegria, determinação, e muito mais.
Ela vem com muitas cores, sem excluir nenhuma, porque o que se quer é pluralidade.
Não me venham com a falsidade embotada, tão mentirosa quanto suas fake news.
Querem coagir: pois, tentem.
Dessa vez, não.
Se aquela parcela da população, que mais precisa de dignidade e cidadania, já transbordou o balde da paciência e definiu que agora é a sua vez, assim será.
Com licença, senhores do topo econômico e social, há uma expressão única que sintetiza a esperança e o anseio de milhares:
"Em 2016 eu morri, mas em 2020 eu não morro."
Com alegria e com a firmeza necessária, a esperança vai vencer.
Ao trabalho.
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Comentários
O pior é que tentam fraudar e sabotar a esperança de muita gente.
Teu texto além de criativo e revigorante, Paulo, é necessário. E a gente torce ou reza para o povo renascer, acordar para o que realmente importa. Que é para muito além do dinheiro instantâneo em tempos de campanha eleitoral. Que não se deixem iludir por esses que detém o poder econômico, que muitas vezes vem da própria exploração do trabalhador.
Rose Bitencourt - 02/11/2020 16h35
Certeiro, Paulo!
Em 2016 morri!
Morri de vergonha de enxergar um Congresso Nacional tão covarde em nosso país!
Morri de tristeza de ver um Congresso tão conservador, tão retrógrado!
Morri de espanto de ver e ouvir um deputado enaltecendo um torturador!
Morri de decepção de ver a consciência dos brasileiros!!
A gente acredita nas pessoas, acredita que as pessoas possam ser mais humanas...mas infelizmente, muitas defendem a morte, o ódio, o desprezo, o preconceito...
Elegeram um presidente que não respeita ninguém e que incentiva o ódio ...muitos perceberam o equívoco...alguns ainda 'fechados' com a ignorância!
A esperança revigora em 2020!!
Os candidatos apoiadores de Bolsonaro não serão eleitos, por que as pessoas na se enganam durante uma vida toda.
Acredito nas pessoas!
Acredito que possam rever seu apoio à governos podres, como é o do presidente atual. Espero que tenham consciência de que eleger seus apoiadores nos municipios é um erro.
Enfim, o voto é de cada um...a consciência também...e a democracia está em primeiro lugar.
Em 2020, acredito renascer!
Um abraço!
NEUSETE MACHADO RIGO - 01/11/2020 13h49
Verdade professor Paulo! Chega de lerdeza e inanição! Chega de aproveitadores e usurpadores no poder! É a hora e a vez fo POVO!
Terezinha Lazzaretti Krolikowski - 01/11/2020 11h36
Obrigada pelo texto de esperança e confiança ! Estamos muito necessitados disso pois foram tantas coisas ruins desde que tomaram o poder! Precisamos acreditar e lutar! Bom domingo!
Mara Rosana Rosa - 01/11/2020 11h28