Colunas / Cultura
12/10/2020 20h50 - Atualizado em 12/10/2020 20h58
Cidadania e inclusão x vendedores de miragens
|
Paulo Schultz
Professor
|
Dados estatísticos confiáveis apontam que o *Brasil terá em 2021 algo em torno de 1/3 de sua população em uma condição de vida precária ou pior que isso.
Obviamente que isso vai gerar um problema social muito grave.
E por certo que irá se manifestar, aflorar, onde as pessoas vivem, ou seja, nos municípios.
Será a combinação do pós-pandemia com o resultado do governo federal do pandemônio.
Mesmo sem a pandemia, o indicativo no final do ano passado era de estagnação, desemprego e empobrecimento de milhões.
A pandemia, com todos os seus efeitos, se soma e piora esse quadro.
Bolsonaro e seu governo, especialmente a equipe econômica, não tem possibilidade programática, e nem capacidade de promover ou induzir uma reversão desse quadro.
Então o que se espera é um quadro duro de desemprego, dificuldade, fome e carências.
Por isso tenho reafirmado que, a partir de 2021, a grande tarefa dos governos municipais que assumem será a de resgatar cidadania e dignidade para milhões.
Nesse sentido é que a população, especialmente aqueles que mais precisam amparo e estímulo do poder público, devem ser e estar conscientes de qual governo, que tipo de governo, vai ser melhor para que possam não só suportar a crise que virá, mas também serem promovidos no sentido cidadão.
Um governo que lidere, induza um novo ciclo de desenvolvimento onde esta população esteja incluída.
Basta olhar o que era o Brasil antes de 2016 e depois.
O que era o desenvolvimento econômico e social nos municípios antes de 2016 e depois.
E lembrar quem estava à frente do governo federal, antes de 2016, e depois.
A conclusão é bastante evidente.
E quando puxamos para a realidade dos municípios, a mesma linha de comparação vale.
Quem governou municípios invertendo prioridades, desenvolvendo e incluindo a população?
E quem governou somente para uma minoria privilegiada?
Faltando praticamente um mês para as eleições municipais, isso é o que se tem a considerar.
Isso, somado a outro aspecto, e aqui vou direto no ponto..
É preciso dar um basta, é preciso dar um passa fora nos candidatos e em seus "padrinhos", que operam como vendedores de miragens no deserto.
Que de tempos em tempos vem com ofertas e anúncios grandiosos, mirabolantes.
De um desenvolvimento fabuloso, que vai gerar empregos, e show de fogos no ar.
Sempre a promessa de algo melhor, vida melhor, que nunca é real.
Fábrica disso, empreendimento daquilo,obra que vai sair, etc...
A produção de miragens não pára.
Vem de tempos em tempos, sempre para turvar a visão, especialmente de quem precisa de clareza para perceber que sua vida precisa ser mudada com sua participação e com a promoção de políticas públicas dignas vindas do poder público local.
E vem sempre com o mesmo objetivo: poder.
É disso que estamos falando afinal: quem vai ocupar o poder público para governar para todos, especialmente para aqueles que mais precisam, e quem vai me internar para manter o privilégio e o acúmulo indecente de poucos.
É a cidadania e a inclusão contra os vendedores de miragens.
Que vença a inclusão.
Ao trabalho.
Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente
a opinião do portal.
Comentários
Muito bom o texto professor Paulo. Próximo prefeito, junto com a sabedoria popular irão construir saidas para a inércia em que vivemos. Voto certo! Saída para a crise.
Terezinha Lazzaretti Krolikowski - 13/10/2020 14h51
Os tais desenvolvimento econômico e social anteriores a 2016 que o professor se refere eram irresponsáveis, eleitoreiros, o exemplo mais real das "miragens" citadas no texto. Estamos pagando o preço daquela farra com dinheiro público, O governo do PT gastou mais do que podia para manter sua base eleitoral. A conta chegou. Você imagina um pai de família dando ao filho mais mesada que seu salário suporta? Não, dirão obviamente. Mas aplaudem quando o PT fez seu governo com esta política. A conta chegou. Que pena que não é um governo do PT que tá lá para resolver a baderna que fizeram.......
Joca - 13/10/2020 10h18
É incrível o filtro da ilusão usada pelo professor. A economia andava de ré, de arrasto no governo do PT. A única coisa que andava de vento em popa eram as negociatas que quebraram a maior companhia brasileira - a Petrobrás. Os fatos são incontestáveis, basta ler os noticiários, qualquer noticiário sério que faça o balanço real da economia brasileira e mundial. A situação só não ficou pior porque o mundo inteiro teve um "boom econômico" que governos bem intencionados aproveitaram para alavancar seu país. Não foi o que ocorreu no Brasil, Aqui, o governo lula e Dilma tiveram desenvolvimento abaixo do pico mundial. O país só estava bem no discurso do lula, e é nos perdigotos do maior mentiroso da nação que vocês continuam apoiando suas surradas teses. E não venham me contra-argumentar com as mentiras do lula. Vão se informar, e abrir seus olhos. A pandemia vai quebrar o mundo inteiro. Milhões de pessoas voltarão à pobreza extrema. Quiçá os governantes não mandassem fechar irresponsavelmente os postos de trabalho, pois será exatamente a proibição de trabalhar que vai gerar mais mortes, além do vírus. A Argentina, que segue a linha lulista, coitados, não sei como vão se recuperar. Era isto que vocês queriam? Ficar em casa se escondendo do vírus, e vendo sua geladeira se esvaziar? O único que teve peito de dizer que não deveríamos para de trabalhar foi Bolsonaro, do qual discordo em 90%, mas que nesta questão concordo com ele. Depois do vírus, virão as mortes pelo desemprego.
Joca - 13/10/2020 09h51
Texto muito pertinente,mas infelizmente o povo acredita
Helena - 12/10/2020 22h13
Tem um certo pé grande,mentiroso e oportunista,que
promete,inventa coisas mirabolantes.Ilusionista vinha
angariando voto com isso.Mas,a coisa vem mudando
o tal de pé,perdeu mais de 8 mil votos.na sua ultima eleição.Os cidadãos estão manjando a jogada do espertalhão.
ANTONIO VILSON PEREIRA - 12/10/2020 21h51
Texto muito pertinente.
Ana Maria de Oliveira - 12/10/2020 21h41