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16/07/2019 12h15 - Atualizado em 16/07/2019 17h48

Tosquice Raiz, ignorância Nutella

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
Euclides da Cunha, escritor brasileiro,  escreveu em seu clássico livro  "Os Sertões" :“o sertanejo é, antes de tudo, um forte”.
No Brasil de 2019, afirmo: “o seguidor de Bolsonaro é, antes de tudo, um tosco ignorante.”
Antes de prosseguir, um parêntese para deixar claro:
- uma coisa foi o eleitor circunstancial de Bolsonaro, aquele que, após a nebulosa  facada, aderiu em massa ao então candidato;
- outra coisa é o seguidor fiel, aquele adorador “pré-facada”, que já acompanhava o “mito” há mais tempo, desde a época em que este era apenas um parlamentar medíocre do baixo clero, e que só se destacava pelas aberrações, provocações e barbaridades que expressava ao longo do  exercício dos seus 7 mandatos (28 anos) como deputado. Esse último é o raiz.
Mas então... quem é este cidadão?
Ele está alocado em diversos segmentos sociais, em diferentes classes sociais, com traços de pensamento e de ação cotidianos comuns.
O bolsonarista raiz adora armas. Ter armas e ter o direito de portar e usá-las.
Com armas, ele imagina estar seguro, bem como estar preparado para defender seu patrimônio.
Afinal, ele é “gente de bem”, e os vagabundos estão aí para atacá-lo, não é?
O “raiz” detesta gays. Odeia, na verdade.
O que, no fundo, é somente uma inveja grande por ter que se manter firme dentro do armário, e de lá sustentar o discurso.
O “raiz” odeia  petralhas, comunistas, Cuba e Venezuela.
É quase certo que ele , com orgulho ignorante, não saiba quase nada além de uma ou duas frases sobre qualquer um  deles, mas... o que seria do bolsonarismo se seus seguidores não tivessem a quem odiar?
O “raiz” tem gana do STF e do Congresso. De acordo com a ideia insana vigente em seu meio, são estas instituições que estão “impedindo o mito de governar”.
O ”raiz” idolatra Bolsonaro, porque se vê nele.
E agora que seu líder está no poder, cresce em ímpeto ignorante para liberar os instintos e realizar suas ideias bárbaras. O que é, entre outros aspectos, um perigo, pela truculência e incivilidade.
No fundo, o bolsonarista “raiz” sempre esteve por aí, de maneira não tão orgulhosa, e nem tão numerosa.
Sua ascensão numérica e de volume de expressão é fruto do adoecimento, do embrutecimento e, porque não, do empobrecimento intelectual de uma parte da sociedade brasileira.
Há mais a se estudar e expor sobre este perfil “raiz”, mas uma pergunta se ergue: “e a parte da Nutella?”
Isso os “seguidores raiz”  consomem na refeição, afinal, “gente de bem” gosta de uma “delicadeza”, não é?

 

Foto: Internet Foto: Internet
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Comentários

Parabéns Paulo, concordo plenamente com a tua análise. E com o comentário do Paulo schimidt. Valeu.

Orlando Desconsi - 16/07/2019 21h08

Foste na "raíz"... Na essência do sujeito. Na verdade são pessoas que tem algum tipo de frustração não superada, de qualquer ordem, que buscam afastá-la ou escondê-la na imagem tosca, grosseira, rancorosa, odiosa, preconceituosa de um ignorante que se fez presidente.

Paulo Schmidt - 16/07/2019 20h00

 

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