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30/01/2012 02h24 - Atualizado em 30/01/2012 02h25

Jerusalém, 06 de janeiro de 2012.

Walter Kepler Walter Kepler
Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Educacional Machado de Assis (FEMA) e Marketing e Propaganda pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Sexta-feira, 06 de janeiro, shabat em Israel, 17:50h da tarde, no Brasil, 13:50h. O sentimento quase que generalizado é o de que um conflito se aproxima. Alguns reatores nucleares estão sendo fechados, como o de Dimona, segundo o site haaretz.com e outros países da região do Golfo estão se armando, e comprando material bélico de defesa, como a Arábia Saudita, que assinou um contrato de mais de 29 bilhões de dólares com o governo norteamericano. O que acontecerá em seguida? A Inglaterra ameaçou o Irã com interferência bélica caso fechem o estreito de Ormuz, importante rota de 20% do petróleo exportado por mar.
Mas onde Israel entra em toda essa tensão, nesse contexto? Israel é um país de primeiro mundo, um país do tamanho aproximado do estado de Sergipe. Fundado em uma assembléia da Onu, presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, em 1948, para receber os fugitivos da segunda guerra mundial, que não tinham destino certo. Muitos milagres aconteceram nessa terra, com esse povo, inclusive a sua própria subexistência. Qual país venceu na história uma guerra em seis dias? Contra uma liga de países árabes como: Egito, Jordania, Síria? Qual país reverteu um quadro tenebroso de um ataque em um dia de yom kippur (dia do perdão), onde as tropas estavam mobilizadas para celebração desse dia?
Israel é um país rico, que fez dessas terras, uma vez desérticas, oásis no meio do deserto. Frutas, das mais diversas, árvores, sistema de irrigação de última geração, e o mais importante, um povo que trabalha, que sabe o valor da liberdade, da educação e da vida. Um povo que saúda com "shalom" (paz em hebraico), um povo que anseia por paz, mas que vive sobre a sombra do terror de muçulmanos extremistas. Assim acontece com o Irã. Seu líder, Mahmoud Ahmadinejad, declarou abertamente sua vontade de aniquilar totalmente, riscar do mapa, o estado de Israel, consequentemente seu povo. Por isso, essa questão nuclear do Irã é tão delicada, quando esse país conseguir enriquecer o urânio a ponto de produzir uma bomba atômica, poderá ser tarde demais. Então, quando se fala em destruição de Israel e do seu povo abertamente, logo vem à mente, o holocausto, pois uma mesma nação, representado por um líder, Hitler, também declarava a aniquilação do povo judeu. E esse é o sentimento que se capta no ar aqui em Israel. O medo do povo passar novamente por um Holocausto.
Dias atrás, Israel e os Estados Unidos realizaram o maior exercício de defesa da história desses dois países em conjunto, um exercício que mobilizou um grande efetivo, e foi uma mensagem clara para o regime dos aiatolás. Com o seu efetivo fora do Iraque, e muitos de seus navios ainda aguardarem novas ordens no mar do Golfo, os Estados Unidos estão prontos para uma nova incursão militar. Muitas empresas anseiam por esse conflito, alguns especialistas preveem um aumento de 100% no preço do barril, alcançando aproximadamente a marca de U$ 250, logo, muitas empresas lucrariam com esse aumento, refletindo invariavelmente no bolso dos consumidores de muitos países.
Enquanto o diálogo ainda existir, a diplomacia, e as intermináveis sanções afligirem o Irã em busca de resultado, existe a esperança de que um conflito poderá ser evitado. Mesmo em Israel, com esse sentimento de guerra, existe um anseio de paz, um anseio de que a diplomacia consiga reverter esse quadro gritante e dramático de uma eminente guerra que envolveria todo o Oriente Médio, e afetaria o mundo inteiro.

 

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